Jogos Solarpunk como Mesocosmos: Design Social e Planejamento Cultural
Resumo
Introdução: O Solarpunk é um movimento filosófico e artístico pautado no uso de tecnologias para o desenvolvimento de sociedades mais humanitárias e ecologicamente conscientes. Muitos jogos são desenvolvidos com a premissa de um mundo com ideais éticos do Solarpunk. Como ferramentas, estes games podem funcionar como mesocosmos: simuladores laboratoriais de futuros promissores. Quando se trata de planejamentos socialmente benéficos, conceitos valiosos como o Design Social (Victor Margolin) e o Planejamento Cultural (Skinner) podem contribuir para um futuro mais humano e verde. Objetivo: Este artigo tem como objetivo fazer uso das teorias de Planejamento Cultural e de Design Social para compreender como jogos Solarpunk podem simular futuros e fornecer dicas de como os construir. Metodologia ou Etapas: Trata-se de um trabalho de caráter discursivo e de abordagem teórica que se vale de exemplificações e de estudos de caso de games e comunidades. Resultados: Considerando a existência de iniciativas de construção de comunidades a partir de ideais utópicos, conclui-se que é possível que premissas presentes em jogos Solarpunk sirvam de inspiração para a criação de ações concretas.
Referências
Blahovestova, O., Pechertsev, O., Dansheva, S., & Polupan, O. (2023). Principles of morphogenesis of ecological architecture of energy-efficient areas and ecovillages. In AIP Conference Proceedings (Vol. 2490, No. 1). AIP Publishing.
Breitling, D. (2024). Virtual Laboratories: Mesocosms and Gameworlds. Teorie vědy/Theory of Science.
Chang, A. Y. (2019). Playing nature: Ecology in video games (Vol. 58). U of Minnesota Press.
Faccin, L. V. (2016). Modelos de sustentabilidade: ecovilas brasileiras. Um estudo de viabilidade e implementação.
Gillam, W. J. (2023). A solarpunk manifesto: Turning imaginary into reality. Philosophies, 8(4), 73.
Glenn, S. S. (1986). Metacontingencies in walden two. Behavior analysis and social action, 5, 2-8.
Glenn, S. S. (2004). Individual behavior, culture, and social change. The Behavior Analyst, 27, 133-151.
Huizinga, J. (1971). Homo ludens: o jogo como elemento da cultura (Vol. 4). Editora da Universidade de S. Paulo, Editora Perspectiva.
Knoll, D. X. (2024). “Re-Inventing How We Live in the City”: Well-being and the Los Angeles Ecovillage. Journal of Contemporary Ethnography, 53(5), 639-662.
Lodi-Ribeiro, G. (2013). Solarpunk. Histórias Ecológicas e Fantásticas em Um Mundo Sustentável. Editora Draco.
Los Horcones, C. (1978). El análisis experimental del comportamiento aplicado a la vida comunitaria: La comunidad Los Horcones. Revista Latinoamericana de Psicología, 10(3), 447-442.
Margolin, V., & Margolin, S. (2002). A" Social model" of design: issues of practice and research. Design issues, 18(4), 24-30.
Prado, G. Í. G. (2018). Ecovilas: história, práticas e a busca por uma ‘nova’ economia [Trabalho de conclusão de curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Pantheon - Repositório Institucional da UFRJ.
Reina-Rozo, J. D. (2021). Art, energy and technology: the Solarpunk movement.
International Journal of engineering, social justice, and peace, 8(1), 47-60.
Ruffino, P. (2024). Videogames, the Anthropocene, and Other Problems of Scale: Methodological Notes for the Study of Digital Games in Times of Ecological Crisis. Journal of Games Criticism.
Schmeink, L. (2019). Biopunk. In The Routledge companion to cyberpunk culture (pp. 73-80). Routledge.
Skinner, B. F. (1953). Science and Human Behavior. New York: Macmillan
Skinner, B. F. (1966). Contingencies of reinforcement in the design of a culture. Behavioral science, 11(3), 159-166.
Skinner, B. F. (1969). Contingencies of Reinforcement: A Theoretical Analysis. New York: Appleton-Century-Crofts.
Skinner, B. F. (1973). Beyond Freedom and Dignity (1971). New York: Bantam, Vintage Book.
Skinner, B. F. (1978) Walden II: uma sociedade do futuro. Tradução de Rachel Moreno e NelsonRaul Saraiva. 2ª Edição. São Paulo: EPU.
SuSan, M., & Eryıldız, H. S. (2023). Sustainable Eco-village for the Displaced Community of Hatay, Turkey. Int. J. Sch. Res. Rev, 2, 54-72.
Syamsiyah, N., Sulistyowati, L., Noor, T. I., & Setiawan, I. (2023). The sustainability level of an EcoVillage in the Upper Citarum Watershed of West Java province, Indonesia. Sustainability, 15(22), 15951.
Tao, H., & Vyas, D. (2024). Making practices in pursuit of ecological ethos: learnings from three ecovillages in Australia. International Journal of Human–Computer Interaction, 40(13), 3381-3397.
Verso, F. (2024). Solarpunk: Short Stories from Many Futures. Flame Tree Collections.
Vieceli, A. P. SOLARPUNK 2030: Tecnologia, justiça social e ação comunitária rumo a um futuro sustentável. (2024). PIXO - Revista de Arquitetura, Cidade e Contemporaneidade. v. 8, n. 31, p. 14-33.
Ludografia Colossal Order. (2015). Cities: Skylines [Jogo eletrônico]. Paradox Interactive.
ConcernedApe. (2016). Stardew Valley [Jogo eletrônico]. ConcernedApe.
Cyberwave. (Em desenvolvimento). Solarpunk [Jogo eletrônico]. Cyberwave.
Frontier Developments. (2016). Planet Coaster [Jogo eletrônico]. Frontier Developments.
Frontier Developments. (2019). Planet Zoo [Jogo eletrônico]. Frontier Developments.
Giant Squid. (2016). Abzû [Jogo eletrônico]. 505 Games.
Maxis. (1989). SimCity [Jogo eletrônico]. Electronic Arts.
Nintendo. (2001). Animal Crossing [Jogo eletrônico]. Nintendo.
Square Glade Games. (Em desenvolvimento). Outbound [Jogo eletrônico]. Square Glade Games.
Strange Loop Games. (2018). Eco [Jogo eletrônico]. Strange Loop Games.
