A Educação a Distância no Brasil: a Oferta pelo Setor Público e suas Vicissitudes
Resumo
Trabalhar com a Educação a Distância (EaD) no Brasil significa enfrentar confrontos constantes sobre a díade quantidade versus qualidade. Em anos mais recentes, considerando a expansão vertiginosa de matrículas em cursos de graduação, sobretudo das licenciaturas e por meio do setor privado de cunho mercantilista, tem-se um cenário de tentativas no sentido de coibir tal expansão também via setor público. Essas tentativas esbarram, no entanto, na compreensão sobre as dinâmicas complexas que interferem nessa problemática, como a busca pela lucratividade. Observa-se, atualmente, um movimento para fortalecimento da discussão sobre a institucionalização da EaD em algumas Instituições Públicas de Educação Superior (IPES), o que é fundamental para chegar às questões mais profundas, sobretudo as de caráter didático-pedagógico. O presente trabalho objetiva discutir e refletir sobre tal cenário, trazendo à tona implicações que envolvem pensar/propor formação na educação superior a distância, evidenciando que a falta de elementos sustentadores de parâmetros pedagógicos redunda no laissez faire, que possibilita a expansão mencionada. Com base em análise documental, apresentam-se os argumentos que indicam a perspectiva dependente de editais para a oferta de formação pela EaD por parte do setor público e a carência da identidade institucional relacionada à EaD.
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