Ferramentas Computacionais como Soluções Viáveis para Alfabetização e Comunicação Alternativa de Crianças Autistas: Um Mapeamento Sistemático sobre as Tecnologias Assistivas Existentes
Resumo
Alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), devido aos déficits de neurodesenvolvimento característicos da síndrome, podem apresentar dificuldades no aprendizado, na comunicação e interação social. Com os avanços das TICs essas barreiras podem ser amenizadas, especialmente com o emprego de ferramentas computacionais desenvolvidas com o objetivo de permitir que o aluno consiga maior independência e possa apresentar melhores resultados no âmbito escolar. Este trabalho descreve um Mapeamento Sistemático realizado na literatura para entender quais tecnologias assistivas têm sido utilizadas e quais os avanços obtidos com a mediação dos recursos tecnológicos no ensino de alunos com TEA. Os resultados apontam que sistemas computacionais têm sido usados de forma satisfatória no ensino de crianças autistas, mas poucas são as tecnologias assistivas desenvolvidas com o amparo em diretrizes de acessibilidade, usabilidade e respaldadas por métodos de intervenção efetivos e que atuem como mediadores nos processos de ensino- aprendizagem e comunicação alternativa de crianças autistas em ambiente escolar.
Referências
Barbosa, H. F. A. (2009). “Análise do recurso a novas tecnologias no ensino de autistas. 2009”. Tese de Doutorado. Instituto Politécnico do Porto. Instituto Superior de Engenharia do Porto.
Baron-Cohen, S.; Golan, O.; Ashwin, E. (2009). “Can emotion recognition be taught to children with autism spectrum conditions?”. Philosophical Transactions of the Royal Society of London B: Biological Sciences, v. 364, n. 1535, p. 3567-3574.
Belther, J. M. (2018). Educação Especial. São Paulo: Pearson Education do Brasil.
Britto, T. C. P. (2018). “GAIA: uma proposta de um guia de recomendações de acessibilidade de interfaces Web com foco em aspectos do Autismo”. 2016. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP.
Deliberato, D. (2005). “Seleção, adequação e implementação de recursos alternativos e/ou suplementares de comunicação”. In Núcleo de ensino, v. 1, p. 505-519, 2005.
Kitchenham, B. A. and Charters, S. M. (2007). “Guidelines for performing systematic literature reviews in software engineering”. In: Technical Report EBSE 2007-001, Keele University and Durham University Joint Report.
Nunes, L. R. O. de P. (2003). “Modelos teóricos na comunicação alternativa e ampliada. Favorecendo o desenvolvimento da comunicação em crianças e jovens com necessidades educacionais especiais”. Rio de Janeiro: Dunya, p. 15-47.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). (2015). Especialistas da ONU em direitos humanos pedem fim da discriminação contra pessoas com autismo. Brasília.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). (2017). Folha informativa - Transtornos do espectro autista. Brasília.
Pradi, T. (2016). “Ferramenta computacional para treinamento no reconhecimento e produção de expressões faciais por autistas”. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR.
Sant’ana, I. M. (2005). “Educação inclusiva: concepções de professores e diretores”. In Psicologia em estudo, v. 10, n. 2, p. 227-234.
