Espelho quebrado: professores algoritmizados por deepfakes
Resumo
Este artigo explora a tecnologia de deepfake que permite a criação de vídeos e áudios falsos que imitam pessoas reais. O objetivo da pesquisa é problematizar o uso de deepfakes na educação, utilizando como metáfora central o conceito de “espelho quebrado”. Assim como um espelho quebrado reflete uma imagem distorcida e fragmentada da realidade, essas tecnologias podem distorcer a percepção da autenticidade, da humanidade e da própria essência do processo educativo. Os resultados destacam tanto os potenciais usos positivos da tecnologia em ambientes educacionais quanto os desafios éticos e sociais que ela impõe. Conclui-se que, a falta de regulamentação e o risco de desinformação representam obstáculos para sua adoção segura.
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