Espelho quebrado: professores algoritmizados por deepfakes

  • Michele Marta Moraes Castro UFMT
  • Cristiano Maciel UFMT

Resumo


Este artigo explora a tecnologia de deepfake que permite a criação de vídeos e áudios falsos que imitam pessoas reais. O objetivo da pesquisa é problematizar o uso de deepfakes na educação, utilizando como metáfora central o conceito de “espelho quebrado”. Assim como um espelho quebrado reflete uma imagem distorcida e fragmentada da realidade, essas tecnologias podem distorcer a percepção da autenticidade, da humanidade e da própria essência do processo educativo. Os resultados destacam tanto os potenciais usos positivos da tecnologia em ambientes educacionais quanto os desafios éticos e sociais que ela impõe. Conclui-se que, a falta de regulamentação e o risco de desinformação representam obstáculos para sua adoção segura.

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Publicado
20/07/2025
CASTRO, Michele Marta Moraes; MACIEL, Cristiano. Espelho quebrado: professores algoritmizados por deepfakes. In: WORKSHOP SOBRE AS IMPLICAÇÕES DA COMPUTAÇÃO NA SOCIEDADE (WICS), 6. , 2025, Maceió/AL. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2025 . p. 306-313. ISSN 2763-8707. DOI: https://doi.org/10.5753/wics.2025.9320.