Game Design participativo com crianças surdas e com deficiência auditiva: uma experiência no ensino fundamental

  • Diego Zabot UFBA
  • Saulo Andrade UFBA
  • Ecivaldo Matos UFBA

Resumo


A criação de jogos educacionais é uma tarefa complexa e interdisciplinar. Para que os elementos do jogo sejam adequados aos usuários finais é importante projetá-lo envolvendo as partes interessadas e técnicas de Design Participativo (DP) permitam a efetiva inserção dos usuários no processo de design. No caso de design com crianças surdas ou com deficiência auditiva (S/DA), um dos desafios é a identificação de soluções de DP que permitam a participação desses sujeitos. Apresentamos neste artigo um relato de experiência de design de jogos educacionais com a participação de crianças S/DA. Foi realizado um estudo de caso em uma escola estadual para surdos, com uma turma de 1º ano do ensino fundamental, uma professora e duas intérpretes de Libras, cujo elemento propulsor foi a criação de jogos educacionais para ensino de letras e números, como parte de uma demanda pedagógica existente. Foram produzidos dois jogos digitais feitos por e para crianças S/DA. Elas se reconheceram como produtoras dos jogos e, além disso, os jogos criados tendem a refletir elementos subjetivos e culturais próprios dos seus criadores.

Palavras-chave: Interação Humano-Computador, Game Design, Design com crianças, Surdo, Deficiente auditivo

Referências

M. C. C. Baranauskas. 2013. O modelo semioparticipativo de design (Semio-participatory design model). In Codesign de Redes Digitais: tecnologia a serviço da inclusao social, M. C. Martins M. . C. Baranauskas and J. A. Valente (Eds.). Penso, Porto Alegre, Chapter 2, 38–66.

Allison Druin. 2002. The role of children in the design of new technology. Behaviour and information technology 21, 1 (2002), 1–25.

Haakon Faste, Nir Rachmel, Russell Essary, and Evan Sheehan. 2013. Brainstorm, Chainstorm, Cheatstorm, Tweetstorm: new ideation strategies for distributed HCI design. In:Proceedings of the SIGCHI Conference on Human Factors in Computing Systems. ACM, 1343–1352.

A. Gesser. 2009. LIBRAS? que língua é essa?: Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda (LIBRAS? What language is this ?: Beliefs and prejudices around sign language and deaf reality). Parábola, São Paulo.

J. Korte, L. E. Potter, and S. Nielsen. 2017. How design involvement impacts Deaf children. In 2017 International Conference on Research and Innovation in Information Systems (ICRIIS). IEEE, 1–6. https: //doi.org/10.1109/ICRIIS.2017.8002527

L. E.; Nielsen S. Korte, J.; Potter. 2015. An Experience in Requirements Prototyping with Young Deaf Children. J. Usability Studies 10, 4 (2015), 195–214. http://dl.acm.org/citation.cfm?id=2817322.2817329

Jonas Lowgren. 2013. Interaction Design-brief intro. The Encyclopedia of Human-Computer Interaction, 2nd Ed. (2013).

N. Masataka. 2000. The role of modality and input in the earliest stage of language acquisition: Studies of Japanese Sign Language. In Language Acquisition by Eye. 3–24.

A. M. Melo and M. C. C. Baranauskas. 2006. Design para a inclusão: desafios e proposta (Design for inclusion: challenges and proposal). In Proceedings of VII Brazilian symposium on Human factors in computing systems. ACM, 11–20.

Michael J Muller, Jean Hallewell Haslwanter, and Tom Dayton. 1997. Participatory practices in the software lifecycle. In Handbook of human-computer interaction. Elsevier, 255–297.

J. Napier. 2002. The D/deaf-H/hearing Debate. In Sign Language Studies, Vol. 2. 141–149. https://doi.org/10.1353/sls.2002.0006

Newcastle University. 2016. Suggested Teaching Strategies: D/deaf and hard of hearing Students. http://bit.do/teachingStrategies. [Online; accessed 11-September-2019].

L. E. Potter, J. Korte, and S. Nielsen. 2014. Design with the Deaf: Do Deaf children need their own approach when designing technology? ACM International Conference Proceeding Series
(2014). https://doi.org/10.1145/2593968.2610464

S. S. Prietch, N. S. de Souza, and L. V. L. Filgueiras. 2015. Application Requirements for Deaf Students to Use in Inclusive Classrooms. In Proceedings of the Latin American Conference on Human Computer Interaction (CLIHC ’15) ACM, New York, NY, USA, Article 5, 8 pages. https://doi.org/10.1145/2824893.2824898

Clélia Regina Ramos. 2012. Tecnologia Assitiva para Surdos: Produtos, estratégias, recursos e serviços. http://www.porsinal.pt/index.php?ps=artigos&idt=artc&cat=12&idart=173. [Online; accessed 11-September-2019].

Janet Read, Stuart MacFarlane, and Christopher Casey. 2009. Endurability, Engagement and Expectations: Measuring Children’s Fun. Interaction Design and Children (01 2009).

J. Rosa and E. Matos. 2015. Considerando aspectos culturais no (re)design da interação de Ambientes Virtuais de Aprendizagem. In Brazilian Symposium on Computers in Education (Simpósio Brasileiro de Informática na Educação-SBIE), Vol. 26. 852.

Jean CS Rosa and Ecivaldo Matos. 2016. Multicultural Interaction Redesign Using a Semio-Participatory Approach. In Proceedings of 17th International Conference on Informatics and Semiotics in Organisations. Springer, 240–242.

E. B-N. Sanders and P. J. Stappers. 2008. Co-creation and the new landscapes of design. Co-design 4, 1 (2008), 5–18.

Silvia Cristina de Matos Soares et al. 2006. Uma abordagem semiotica e participativa para customização de um portal infantil ao trabalho de grupos. (2006).

B. J. White. 1998. From"deaf"to"Dear": Defining Deaf Culture. (1998).

World Health Organization (WHO). 2018. Prevention of deafness and hearing loss. http://www.who.int/deafness/en/. [Online; accessed 11-September-2019]
Publicado
30/09/2019
Como Citar

Selecione um Formato
ZABOT, Diego; ANDRADE, Saulo; MATOS, Ecivaldo. Game Design participativo com crianças surdas e com deficiência auditiva: uma experiência no ensino fundamental. In: WORKSHOP SOBRE INTERAÇÃO E PESQUISA DE USUÁRIOS NO DESENVOLVIMENTO DE JOGOS (WIPLAY), 1. , 2019, Vitória. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2019 . p. 49-58. DOI: https://doi.org/10.5753/wiplay.2019.7839.