É possível Recomendar Objetos de Aprendizagem Físico-Virtuais?

  • Gabriel Leitão Universidade Federal do Amazonas
  • Raimundo Barreto Universidade Federal do Amazonas

Resumo


Garantir estudantes entusiasmados pela ciência e pela pesquisa científica requer iniciativas que envolvam os estudantes em experiências científicas interessantes e motivadoras. Hoje os estudantes podem investigar fenômenos científicos, usando diversas ferramentas, técnicas, modelos e teorias da ciência, a partir de laboratórios físicos que suportam interações com o mundo material, ou em laboratórios virtuais que se utilizam simulações. Mas será que é possível unir as duas coisas? Isto é, unir o aspecto físico com o virtual de tal forma que haja comunicação do componente físico com o seu respectivo componente virtual e vice-versa? É possível que essa interação entre os componentes físicos e os componentes virtuais possa ser, de alguma forma, útil para o ensino-aprendizagem? Advogamos que é possível fazer ambos, ou seja, a investigação física, a investigação virtual e, além disso, oferecer recomendações para a combinação dos dois. Entretanto, há diversos desafios que ainda precisam ser superados. Alinhado com os sistemas físico-cibernéticos (cyber-physical systems), que integram sistemas computacionais com objetos do mundo físico, surgiu o conceito de objeto de aprendizagem físico-virtual, que é qualquer tipo de recurso, seja digital ou não, que integre aspectos físicos e virtuais no mesmo recurso, que possua o intuito de auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, e que possa ser reutilizado em diferentes contextos. Sistemas de recomendação são ferramentas automatizadas que usam algoritmos de filtragem para coletar dados e informações, a fim de realizar recomendações inteligentes, isto é, as mais relevantes, baseada no perfil, gostos e preferências de seus clientes. O foco desse projeto está em plataformas educacionais que usem tecnologia a partir de ambientes físico-cibernéticos, de tal forma que objetos de aprendizagem físico-virtuais possam ser integrados no ensino e que seja avaliado a sua eficácia e que possa ser gerado recomendações para os alunos. 

Referências

Azad, A. and Hashemian, R. (2016). Cyber-physical systems in stem disciplines. In Proceedings of 2016 SAI Computing Conference, SAI 2016, pages 868–874. Institute of Electrical and Electronics Engineers Inc. cited By 1.

Blikstein, P., Fuhrmann, T., and Salehi, S. (2016). Using the bifocal modeling framework to resolve “discrepant events” between physical experiments and virtual models in biology. Journal of Science Education and Technology, 25(4):513–526.

Ha, O. and Fang, N. (2018). Interactive virtual and physical manipulatives for improving students’ spatial skills. Journal of Educational Computing Research, 55(8):1088– 1110.

Imamura, R. E. and Baranauskas, M. C. (2018). Criando uma experiência de leitura colaborativa de histórias fictícias físico-virtuais com realidade aumentada. In Brazilian Symposium on Computers in Education (Simpósio Brasileiro de Informática na Educação-SBIE), volume 29, page 31.

Salehi, S., Schneider, B., and Blikstein, P. (2014). The effects of physical and virtual manipulatives on learning basic concepts in electronics. In CHI ’14 Extended Abstracts on Human Factors in Computing Systems, CHI EA ’14, pages 2263–2268, New York, NY, USA. ACM.

Santos, R., Botelho, S., and Bichet, M. (2014). Ambientes físico-virtuais de aprendizagem. Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, 25(1):70.

Zacharia, Z. C. and Olympiou, G. (2011). Physical versus virtual manipulative experimentation in physics learning. Learning and Instruction, 21(3):317 – 331.
Publicado
11/11/2019
LEITÃO, Gabriel; BARRETO, Raimundo. É possível Recomendar Objetos de Aprendizagem Físico-Virtuais?. In: WORKSHOP DE DESAFIOS DA COMPUTAÇÃO APLICADA À EDUCAÇÃO (DESAFIE!), 8. , 2019, Brasília. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2019 . p. 4-6. DOI: https://doi.org/10.5753/desafie.2019.12179.