A teoria dos bens jurídicos aplicada aos vídeo games e a relação com o Direito Penal
Resumo
Este trabalho, fundamentado em pesquisa bibliográfica de natureza dedutiva, explora a possibilidade de aplicação do Direito Penal, conforme a perspectiva de Claus Roxin, para traçar a relação entre violência e videogames. Analisamos a Teoria do Bem Jurídico de Roxin, o histórico dos videogames e a percepção social sobre esse entretenimento. Confrontamos argumentos favoráveis e contrários ao uso do Direito Penal, considerando as restrições de Roxin e estudos contemporâneos. Concluímos que a utilização do Direito Penal requer cautela para evitar restrições à liberdade.
Referências
Anghinetti, H. (19/03/1996). Pl 1654/1996. Camara dos Deputados. Acesso em: 23/2/2022.
Becker, H. S. (2008). Outsiders: estudos de sociologia do desvio. Editora Schwarcz-Companhia das Letras.
Carneiro, L. (2006). Projeto de lei 6868/2006. acrescenta parágrafo ao art. 74 e ao art. 81 da lei 8.069. de 13 de julho de 1990, estatuto da criança e do adolescente. brasília: Câmara dos deputados. [link]. Acessado em: 14 de maio de 2020.
Clark Scott, D. (1982). The lure of pac-man; parents voice concern over video game centers. The Christian Science Monitor. Acessado em: 21 de fevereiro de 2020.
Cohen, S. (2011). Folk devils and moral panics. Routledge.
DeWall, C. N., Anderson, C. A., e Bushman, B. J. (2011). The general aggression model: Theoretical extensions to violence. Psychology of violence, 1(3):245.
Elkind, D. (2009). The hurried child. Da Capo Lifelong Books.
Ferguson, C. J. (2013). Violent video games and the supreme court: Lessons for the scientific community in the wake of brown v. entertainment merchants association. American Psychologist, 68(2):57.
Ferguson, C. J., San Miguel, C., Garza, A., e Jerabeck, J. M. (2012). A longitudinal test of video game violence influences on dating and aggression: A 3-year longitudinal study of adolescents. Journal of psychiatric research, 46(2):141–146.
Ferrell, J. (2005). Crime and culture. Criminology, 2:157–175.
Gee, J. P. (2005). Literacies, schools, and kinds of people in the new capitalism. Language, literacy, and power in schooling, pages 223–239.
Goodson, S., Pearson, S., e Helen, G. (2010). Violent video games: The media scapegoat for an aggressive society. Nottingham Trent University. Acessado em: 20 de março de 2020.
Greenfield, P. M. (1988). O desenvolvimento do raciocínio na era da eletrônica: os efeitos da TV, computadores e videogames, volume 32. Summus Editorial.
Grossman, D. (2018). On killing: The psychological cost of learning to kill in war and society. In The Political Self, pages 141–155. Routledge.
Khaled Jr, S. H. (2018). Videogame e violência: cruzadas morais contra os jogos eletrônicos no Brasil e no mundo. Editora José Olympio. 1ª Edição.
Kutner, L. e Olson, C. (2008). Grand theft childhood: The surprising truth about violent video games and what parents can do. Simon and Schuster.
Prado, L. R. (2014). Bem jurídico-penal e constituição. rev. e ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais. 7ª Edição.
Presdee, M. (2003). Cultural criminology and the carnival of crime. Routledge.
Roxin, C. (2013). A proteção de bens jurídicos como função do Direito Penal. Livraria do Advogado. 2º edição, 3ª tiragem, Porto Alegre.
Schreier, J. (2013). From halo to hot sauce: What 25 years of violent video game research looks like. Kotaku Longreads. Acessado em: 19 de maio de 2020.
Thompson, K. (2005). Moral panics. Routledge.
Toppo, G. (2009). 10 years later, the real story behind columbine. [link]. Acessado em: 12/04/2024.
Zaffaroni, E. R. (2001). Em busca das penas perdidas: a perda de legitimidade do sistema penal. Revan.