Semeando o Cuidado, um jogo cooperativo de tabuleiro sobre plantas medicinais e educação popular em saúde
Resumo
Este artigo fundamenta a criação participativa de um jogo cooperativo como recurso para a Educação Popular em Saúde, apresentando os fundamentos do jogo, o desenvolvimento e as decisões de design, a avaliação inicial pela primeira turma de educandos/educadores, e as perspectivas futuras de formação para o uso do jogo e avaliação do mesmo. Trata-se de jogo de tabuleiro cooperativo sobre plantas medicinais, desenvolvido com base em princípios da Educação Popular, do design participativo iterativo e da retórica procedimental. O jogo é parte do material didático do curso Educação Popular e Plantas Medicinais na Atenção Básica à Saúde, desenvolvido na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV). Para a avaliação inicial, foi aplicado um questionário adaptado do modelo MEEGA+ após a experiência do jogo e dos encontros da primeira turma. Os resultados iniciais apontam pontos positivos na percepção de aprendizagem e cooperação e desafios na apropriação do jogo que estão sendo abordados em experimentações subsequentes.
Palavras-chave:
educação popular em saúde, plantas medicinais, retórica procedimental, jogos cooperativos
Referências
Brasil, Ministério da Saúde, Gabinete do Ministro, Portaria n° 2.761 de 19 de novembro de 2013. Política Nacional de Educação Popular em Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (Pneps-SUS) Brasília: Ministério da Saúde, 2013.
P. Freire, “Pedagogia do Oprimido”. Rio de Janeiro, Paz e terra, 1987.
P. Freire, “Educação como Prática da Liberdade”. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2003.
C. M. Dias et al. Livreto de regras do jogo Semeando o Cuidado, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2021.
J. F. F. Raessens, “A Taste of Life as a Refugee - How Serious Games Frame Refugee Issues”, in Changes in Museum Practice. New media, Refugees and Particpation, K. Goodnow, Org. New York/Oxford: Berghahn Books, 2010, pp. 94–105.
M. S. de Vasconcellos, “Comunicação e Saúde em Jogo: Os video games como estratégia de promoção da saúde”, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde, Rio de Janeiro, 2013.
M. Vasconcellos, C. Dias, F. Carvalho, R. Braga, e G. Xavier, “Health Games in Brazil”, in Digital Human Modeling and Applications in Health, Safety, Ergonomics and Risk Management. Healthcare Applications, vol. 11582, V. G. Duffy, Org. Cham: Springer International Publishing, 2019, pp. 457–472.
M. S. de Vasconcellos, F. G. de Carvalho, M. A. M. Capella, C. M. Dias, e I. S. de Araujo, “A Saúde na Literatura Acadêmica sobre Jogos: uma análise das publicações do SBGames”, Proceedings do XV Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital—SBGames, 2016, pp. 1062–1070.
L. D. Costa e R. M. de S. Couto, “O que os jogos de entretenimento têm que os jogos com fins pedagógicos não tem : princípios para projetos de jogos com fins pedagógicos”, Dissertação de Mestrado, Departamento de Artes e Design, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
I. Bogost, Persuasive Games: The Expressive Power of Videogames. Cambridge, MA: MIT Press, 2010.
M. S. de Vasconcellos, F. G. de Carvalho, I. S. de Araújo, “O Jogo Como Prática de Saúde”. Rio de Janeiro, editora Fiocruz, 2018.
K. T. Salen e E. Zimmerman, Regras do Jogo: fundamentos do design de jogos: principais conceitos, vol. 1. São Paulo: The MIT Press, 2012.
A. Protasio e J. L. Farbiarz, “Jogando Histórias: refletindo sobre a narrativa dos jogos eletrônicos”, Dissertação de Mestrado, Departamento de Artes e Design, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
B. Brathwaite e I. Schreiber, Challenges for game designers. Boston, Mass.: Charles River Media, a part of Course Technology, 2009. Acessado: abr. 30, 2017. [Online].
G. Costikyan, “I Have No Words and I Must Design”, in The game design reader: a Rules of play anthology, K. Salen e E. Zimmerman, Orgs. Cambridge, Mass: MIT Press, 2006, p. 192–211.
R. D. Duke. Gaming: the future's language. New York: Sage Publications, 1974.
C. M. Dias e J. L. Farbiarz, “Jogo é para o que se move: Design como favorecedor da construção de espaços colaborativos e dialógicos de ensino-aprendizagem por meio da criação e adaptação de jogos analógicos”, Tese de doutorado, Departamento de Artes e Design, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
L. L. Prado, “Jogos de tabuleiro modernos como ferramenta pedagógica: pandemic e o ensino de ciências”. Revista Eletrônica Ludus Scientiae, Foz do Iguaçu, v. 02, n. 02, jul./dez. 2018, pp. 26-38.
D. de S. Martins, O. A. de A. Junior, I. S. Moreno, e G. Xavier, “Tabuleiro com História: Uma abordagem de aprendizagem baseada em jogos com aprendizagem tangencial”, Anais do XIII Seminário SJEEC (Jogos Eletrônicos - Educação - Comunicação), 2019, pp. 181–189.
L. S. A. Camargo e A. J. Fazani, “Explorando o Design Participativo Como Prática de Desenvolvimento de Sistemas de Informação”, InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, vol. 5, n°1, 2014, pp.138-150.
R. Khaled, V. Vanden Abeele, M. Van Mechelen, and A. Vasalou, “Participatory design for serious game design,” in Proceedings of the first ACM SIGCHI annual symposium on Computer-human interaction in play - CHI PLAY ’14, 2014, pp. 457–460.
Design Council, “Eleven lessons: managing design in eleven global brands. A study of the design process.”, Design Council, London, Desk research report, 2007. Acessado: nov. 09, 2019. [Online].
G. Engelstein e I. Shalev, Building blocks of tabletop game design: an encyclopedia of mechanisms. Boca Raton, FL: Taylor & Francis, 2019.
G. Nespoli et al. (org), “Educação Popular e Plantas Medicinais na Atenção Básica à Saúde”. Rio de Janeiro, EPSJV, 2021.
G. Petri, C. G. Von Wangenheim, e A. F. Borgatto, “Evolução de um Modelo de Avaliação de Jogos para o Ensino de Computação”, in Anais do Workshop sobre Educação em Computação (WEI), jul. 2017, p. 2327–2336. doi: 10.5753/wei.2017.3549.
P. Freire, “Pedagogia do Oprimido”. Rio de Janeiro, Paz e terra, 1987.
P. Freire, “Educação como Prática da Liberdade”. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 2003.
C. M. Dias et al. Livreto de regras do jogo Semeando o Cuidado, Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, 2021.
J. F. F. Raessens, “A Taste of Life as a Refugee - How Serious Games Frame Refugee Issues”, in Changes in Museum Practice. New media, Refugees and Particpation, K. Goodnow, Org. New York/Oxford: Berghahn Books, 2010, pp. 94–105.
M. S. de Vasconcellos, “Comunicação e Saúde em Jogo: Os video games como estratégia de promoção da saúde”, Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde, Rio de Janeiro, 2013.
M. Vasconcellos, C. Dias, F. Carvalho, R. Braga, e G. Xavier, “Health Games in Brazil”, in Digital Human Modeling and Applications in Health, Safety, Ergonomics and Risk Management. Healthcare Applications, vol. 11582, V. G. Duffy, Org. Cham: Springer International Publishing, 2019, pp. 457–472.
M. S. de Vasconcellos, F. G. de Carvalho, M. A. M. Capella, C. M. Dias, e I. S. de Araujo, “A Saúde na Literatura Acadêmica sobre Jogos: uma análise das publicações do SBGames”, Proceedings do XV Simpósio Brasileiro de Jogos e Entretenimento Digital—SBGames, 2016, pp. 1062–1070.
L. D. Costa e R. M. de S. Couto, “O que os jogos de entretenimento têm que os jogos com fins pedagógicos não tem : princípios para projetos de jogos com fins pedagógicos”, Dissertação de Mestrado, Departamento de Artes e Design, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2008.
I. Bogost, Persuasive Games: The Expressive Power of Videogames. Cambridge, MA: MIT Press, 2010.
M. S. de Vasconcellos, F. G. de Carvalho, I. S. de Araújo, “O Jogo Como Prática de Saúde”. Rio de Janeiro, editora Fiocruz, 2018.
K. T. Salen e E. Zimmerman, Regras do Jogo: fundamentos do design de jogos: principais conceitos, vol. 1. São Paulo: The MIT Press, 2012.
A. Protasio e J. L. Farbiarz, “Jogando Histórias: refletindo sobre a narrativa dos jogos eletrônicos”, Dissertação de Mestrado, Departamento de Artes e Design, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
B. Brathwaite e I. Schreiber, Challenges for game designers. Boston, Mass.: Charles River Media, a part of Course Technology, 2009. Acessado: abr. 30, 2017. [Online].
G. Costikyan, “I Have No Words and I Must Design”, in The game design reader: a Rules of play anthology, K. Salen e E. Zimmerman, Orgs. Cambridge, Mass: MIT Press, 2006, p. 192–211.
R. D. Duke. Gaming: the future's language. New York: Sage Publications, 1974.
C. M. Dias e J. L. Farbiarz, “Jogo é para o que se move: Design como favorecedor da construção de espaços colaborativos e dialógicos de ensino-aprendizagem por meio da criação e adaptação de jogos analógicos”, Tese de doutorado, Departamento de Artes e Design, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
L. L. Prado, “Jogos de tabuleiro modernos como ferramenta pedagógica: pandemic e o ensino de ciências”. Revista Eletrônica Ludus Scientiae, Foz do Iguaçu, v. 02, n. 02, jul./dez. 2018, pp. 26-38.
D. de S. Martins, O. A. de A. Junior, I. S. Moreno, e G. Xavier, “Tabuleiro com História: Uma abordagem de aprendizagem baseada em jogos com aprendizagem tangencial”, Anais do XIII Seminário SJEEC (Jogos Eletrônicos - Educação - Comunicação), 2019, pp. 181–189.
L. S. A. Camargo e A. J. Fazani, “Explorando o Design Participativo Como Prática de Desenvolvimento de Sistemas de Informação”, InCID: Revista de Ciência da Informação e Documentação, vol. 5, n°1, 2014, pp.138-150.
R. Khaled, V. Vanden Abeele, M. Van Mechelen, and A. Vasalou, “Participatory design for serious game design,” in Proceedings of the first ACM SIGCHI annual symposium on Computer-human interaction in play - CHI PLAY ’14, 2014, pp. 457–460.
Design Council, “Eleven lessons: managing design in eleven global brands. A study of the design process.”, Design Council, London, Desk research report, 2007. Acessado: nov. 09, 2019. [Online].
G. Engelstein e I. Shalev, Building blocks of tabletop game design: an encyclopedia of mechanisms. Boca Raton, FL: Taylor & Francis, 2019.
G. Nespoli et al. (org), “Educação Popular e Plantas Medicinais na Atenção Básica à Saúde”. Rio de Janeiro, EPSJV, 2021.
G. Petri, C. G. Von Wangenheim, e A. F. Borgatto, “Evolução de um Modelo de Avaliação de Jogos para o Ensino de Computação”, in Anais do Workshop sobre Educação em Computação (WEI), jul. 2017, p. 2327–2336. doi: 10.5753/wei.2017.3549.
Publicado
18/10/2021
Como Citar
DIAS, Cynthia Macedo; RIBEIRO, Simone Goulart; NESPOLI, Grasiele; CHAGAS, Daiana Crús; DIAS, João Vinicius dos Santos; BORGES, Camila Furlanetti.
Semeando o Cuidado, um jogo cooperativo de tabuleiro sobre plantas medicinais e educação popular em saúde. In: TRILHA DE SAÚDE – ARTIGOS COMPLETOS - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE JOGOS E ENTRETENIMENTO DIGITAL (SBGAMES), 20. , 2021, Online.
Anais [...].
Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação,
2021
.
p. 904-913.
DOI: https://doi.org/10.5753/sbgames_estendido.2021.19729.
