Há Espaço para a Oralidade na Organização Curricular dos Anos Iniciais?

  • Maria Gabriela Ferreira Pereira UFMT
  • Liliane Gomes de Oliveira UFMT
  • Geniana dos Santos UFMT

Resumo


Este estudo apresenta resultados de revisão sistemática de literatura acerca das práticas de linguagem nos anos iniciais do ensino fundamental, com recorte específico na oralidade e seu ensino pelo Pedagogo. O estudo objetiva evidenciar o trabalho com a oralidade no contexto da infância escolarizada. Esta revisão assume a perspectiva discursiva de currículo a partir de Lopes e Macedo (2011); Pacheco (2009); Pinar (2016) e Santos (2017). Os procedimentos metodológicos da revisão foram desenvolvidos a partir de critérios de inclusão e exclusão de dados de uma plataforma acadêmica em um intervalo de dez anos (2010-2020). Como resultados é possível destacar que a oralidade faz parte das práticas de ensino da língua portuguesa nos anos iniciais, embora ainda seja compreendida como suporte para os processos de alfabetização, muito focalizados na leitura e na escrita; além disso, os estudos levantados resistem em referenciar-se nos documentos curriculares atuais sobre a oralidade e ensino. Dentre os estudos levantados é possível identificar ainda que o trabalho com a oralidade está orientado pela noção de modalidades previstas nos Parâmetros Curriculares Nacionais, sem aprofundar a ideia de eixos ou práticas de linguagem, conforme políticas curriculares subsequentes.

Palavras-chave: Oralidade, Anos iniciais, Políticas Curriculares

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Publicado
08/11/2021
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PEREIRA, Maria Gabriela Ferreira; OLIVEIRA, Liliane Gomes de; SANTOS, Geniana dos. Há Espaço para a Oralidade na Organização Curricular dos Anos Iniciais?. In: ANAIS PRINCIPAIS DO SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SEMIEDU), 29. , 2021, Cuiabá. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2021 . p. 1452-1462. ISSN 2447-8776.