Memoriais como Narrativas na Formação Docente
Resumo
A escrita de memoriais tem sido referendada como uma das práticas curriculares nos processos educativos ligados à Educação a Distância. Essa escrita, narrativa por excelência, conta as passagens e marcos ligados à formação profissional, imbricados com a formação pessoal. Partindo desse ponto de vista, o presente trabalho tem como objetivo refletir sobre a escrita de memoriais como relatos (auto)biográficos de formação profissional e pessoal e também como estratégia curricular nos processos de EaD. Partimos de um questionário aberto respondido por professores, participantes de um curso de especialização em gestão escolar, sobre as impressões de escrita de seus memoriais e no que estes têm marcado sua trajetória profissional e pessoal. O referencial de análise inicial é baseado na concepção de Josso no que se refere às experiências de vida e formação, numa tentativa de compreensão das respostas apresentadas e no que estas têm-se refletido na história de vida dos alunos como profissionais e, sobretudo, pessoas em formação.
Referências
PALMA, Sonia. Cartografia do imaginário: a dimensão poética e fenomenológica da educação ambiental. 2012. 142 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Instituto de Educação, Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, 2012.
HUBERMAN, Susana. Cómo se forman los capacitadores – arte y saberes de su profesión. Buenos Aires, Argentina: Paidós, 1999.
JOSSO, Marie-Christine. Experiências de vida e formação. São Paulo: Cortez, 2004.
JOSSO, Marie-Christine. A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação, Porto Alegre/RS, ano XXX, n. 3 (63), p. 413-438, set./dez. 2007. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/gepiem/files/2008/09/a_tranfor2.pdf. Acesso em: 08 out. 2021.
JOSSO, Marie-Christine. Histórias de vida e formação: suas funcionalidades em pesquisa, formação e práticas sociais. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, Salvador, v. 05, n. 13, p. 40-54, jan./abr. 2020. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/8423/5390. Acesso em: 08 out. 2021.
ONU. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assembléia Geral das Nações Unidas, de 10 de dezembro de 1948.
PEDROSA, Stella Maria Peixoto de Azevedo. A Formação Continuada de Professores no Ambiente da Educação a Distância. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Educação) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2001.
PERONA, Hada G. Juárez de. Aprender y enseñar a distancia. Universidad Nacional de Córdoba. Argentina: Portal Educar, s.d. Disponível em http://www.educ.ar/educar/servlet/Downloads/S_COLECCIONES_FIN/INTER03.PDF. Acesso em: 15 dez. 2000.
VIÑAO FRAGO, Antonio. A modo de prólogo, refúgios del yo, refugios de otros. In: MIGNOT, Ana Chrystina Venâncio; BASTOS, Maria Helena Câmara; CUNHA, Maria
Teresa Santos (org). Refúgios do eu. Educação, história, escrita autobiográfica. Florianópolis: Mulheres, 2000. p. 9-15.