A Raça É Senhora, desde que o Sentido da Modernidade É...

  • Flávia Gilene Ribeiro UFMT
  • Maria A. Hungria de A. Oliveira UFMT
  • Luiz Augusto Passos UFMT

Resumo


Este texto objetiva refletir em que medida o coração da Modernidade, ao eleger o homem europeu como um modelo humano universal, estabelece, a invisibilidade, ou filtros de desqualificação do reconhecimento do ALTER, entre elas como subespécies raciais, depreciação generalizada ao não-europeu, identificado como diferente, ameaçador e como intrinsecamente violento e bestial. Essa pesquisa bibliográfica, analisa como a percepção totalitária e etnocêntrica da Modernidade possibilitou tal depreciação humana, sob a justificativa racial de inferioridade. E, como a partir do conceito de raça, do racismo científico e da eugenia, o branqueamento, pensado e executado na sociedade brasileira, consolida a branquitude, por intermédio de pactos narcísicos, além de alicerçar o racismo institucional, sobretudo, na educação.

Palavras-chave: Modernidade, Raça, Racismo, Racismo Institucional

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Publicado
08/11/2021
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RIBEIRO, Flávia Gilene; OLIVEIRA, Maria A. Hungria de A.; PASSOS, Luiz Augusto. A Raça É Senhora, desde que o Sentido da Modernidade É.... In: ANAIS PRINCIPAIS DO SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO (SEMIEDU), 29. , 2021, Cuiabá. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2021 . p. 2237-2254. ISSN 2447-8776.