Fenomenologia, Quiasma, Escapo, em Tempos Pandêmicos

• Tereza Ramalho de Azevedo Cunha UFMT
• Luiz Augusto Passos UFMT

Resumo

A teoria fenomenológica em Maurice Merleau-Ponty (1908-1961), instaura concepções sem o contágio de correntes positivistas e idealistas: mostra, entretanto, o fluxo vital de fenômenos percebidos no logos, na história, na liberdade, no escapo, na corporeidade feita de (chair), na relação com a carne do mundo. O corpo, livre da consciência objetivada, sendo pleno de subjetividade, é feito do mesmo estofo do mundo. Ele mesmo, além de produzir sentidos aos acontecimentos, já é dotado de sentido. Neste cenário, o Quiasma contendo o si de toda alteridade, é reversibilidade identificada pelo filósofo francês como entrelaçamento de dois mundos, do eu e do alter, ambos portadores de duas aberturas, dois segmentos de "reuniões", "dois palcos", dois "antros", conforme o denominam os pesquisadores dessa linha filosófica. (R. SANTOS, L. GUTEVIL; A. DA COSTA; L. A. PASSOS). A pesquisa segue numa abordagem acerca do isolamento em tempos de pandemia, cujos fazeres e imaginação se expressam nos interiores de moradias onde as pessoas tornam-se habitantes percipientes de um "mundo percebido". Apropriadamente, o conceito merleaupontyano de Escapo é revivido, apontando para a criatividade e produtividade de mulheres e homens em situação.

Palavras-chave: Fenomenologia/Mundo Percebido, Corpo/Quiasma, Tempos Pandêmicos, Escapo/Criatividade/Produtividade

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