Um Pensar sobre a Branquitude em um Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas no Contexto do Cornonavírus
Resumo
Na direção de uma educação antirracista no contexto da crise do Coronavírus (Sars-CoV-2), este trabalho foi realizado no âmbito do grupo de pesquisa: Branquitude. Racismo. Desigualdades: interfaces com políticas públicas educacionais e as implicações no acesso à educação superior, com o objetivo de fazer uma reflexão crítica sobre os significados da branquitude percebidos por estudantes do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas ofertado pelo Instituto Federal de Mato Grosso – Campus Avançado Diamantino. A metodologia utilizada contemplou uma abordagem qualitativa e entrevistas semiestruturadas com quatorze estudantes que compõem a turma do quinto semestre (2020/2), realizadas através do Google Meet devido ao isolamento social estabelecido como medida para enfrentamento à Covid-19. Constata-se que para os estudantes negros (pretos e pardos) a raça posiciona socialmente as pessoas e que ser branco significa ocupar o lugar simbólico da branquitude. Em contraposição, os estudantes brancos enxergam que a cor é resultado da genética e não do privilégio racial. E sob o discurso de que somos todos iguais, concebem que o problema é de classe social e não de cor. Diante disso, mostra-se necessária a reeducação das relações étnico-raciais nos cursos de formação inicial de professores, como recomendam as Diretrizes para Educação das Relações Étnico-Raciais.
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