O Crunch e seus Impactos na Saúde dos Desenvolvedores da Indústria de Jogos
Resumo
Este artigo tem o objetivo de conceituar o crunch, uma prática comum na indústria de jogos que se resume a horas extras não remuneradas e como esta prática tem o potencial de afetar a saúde física e mental dos trabalhadores que sofrem com isso constantemente. A pesquisa estuda a relação entre a perpetuação dessa prática e os mecanismos organizacionais e socioculturais que permeiam a indústria de jogos por meio de revisão de literatura, relatos retirados de sites especializados em jogos e reflexões com um profissional da saúde mental. Por fim, esperamos trazer uma reflexão sobre o assunto e sobre a normalização do excesso de trabalho.
Referências
Bonzatto, E. A. (2009). In Tripalium: o trabalho como maldição, como crime e como punição., pages 1–19. Direito em foco.
Cote and Harris (2020). In ‘Weekends became something other people did’: Understanding and intervening in the habitus of video game crunch, pages 1–16. Publishing Press.
Cote, A. C. and Harris, B. C. (2021). The cruel optimism of “good crunch”: How game industry discourses perpetuate unsustainable labor practices. New Media & Society.
da Cruz Medeiros, K. A. (2020). Imprensa, videogames e exploração de trabalho: os efeitos sobre as denúncias de crunch na indústria de games. Revista Temática, 16(8):–.
da Veiga Dias, F. and Pasinato, L. P. B. (2021). A sustentabilidade social das práticas comerciaislaborais da indústria tecnológica dos videogames a partir do direito brasileiro. Scientia Iuris, 25(3):176–191.
Forum, F. (2023). Amid spiking burnout, workplace flexibility fuels company culture and productivity. Future Forum Pulse, pages –.
Izidro, B. (2019). Criando games sobre pressão. [link].
Jozin, R. (2020). Crunch time in software development: a theory. Master’s thesis, ISTE - Institute of Software Technology.
Laudon, K. C. and Laudon, J. P. (2012). Essentials of management information systems. pages 1–440.
Pascarella, L., Palomba, F., Di Penta, M., and Bacchelli, A. (2018). How is video game development different from software development in open source. pages 392–402.
Prieto, D. and Nesteriuk, S. (2022). Crunch: Analysis of the phenomenon in the independent game development scene. Revista GEMInIS, 13:5–15.
Schreier, J. (2017). Sangue, suor e pixels, volume 1. Harper Collins.
Sotamaa, O. (2021). Studying game development cultures. Games and Culture.
Thompson, J. B., Brandão, W. d. O., and Avritzer, L. (2008). A mídia e a modernidade : uma teoria social da mídia. Vozes, Petrópolis, 10 edition.
Woleck, A. (2002). In O TRABALHO, A OCUPAÇÃO E O EMPREGO: UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA, pages 1–15.