Simulação 3D - Antártica: testemunha do tempo

Resumo


A Simulação 3D - Antártica: testemunha do tempo foi elaborada por um grupo de professores e pesquisadores nas áreas de Mudanças Climáticas, Oceanografia, Antropologia, Biologia, Computação, Comunicação e Educação junto com uma equipe de desenvolvedores, com a principal finalidade de demonstrar, através de animações tridimensionais, eventos importantes que ilustram algumas das principais mudanças que ocorreram no planeta Terra. Em uma linha temporal, que começa muito antes da humanidade como conhecemos existir até o tempo no futuro, é possível ao usuário interagir com parâmetros como a concentração média de gás carbônico (CO2) na atmosfera e a temperatura global média nas diferentes épocas geológicas. Esses dois parâmetros estão interligados na história climática do planeta e sempre que a concentração de CO2 aumenta, a temperatura do planeta também está mais elevada. Nesse aspecto, a Antártica, uma das regiões polares da Terra, é um importante referencial para acompanhar as mudanças climáticas. Por meio de pesquisas científicas, vestígios do passado aprisionados no gelo, a formação e distribuição de rochas, entre outros dados, podem contribuir para entender o passado climático da Terra e ajudar a criar previsões para o futuro. O objetivo principal deste produto é introduzir o assunto Mudanças Climáticas com foco principal sobre a importância das regiões polares do planeta (Antártica e Ártico) na Educação. O produto destina-se a estudantes do Ensino Fundamental 2 e Ensino Médio, preferencialmente na faixa etária de 11 a 16 anos. O conteúdo é essencialmente transdisciplinar, e pode ser utilizado em disciplinas de Ciências, Geografia, História, Informática, Língua Portuguesa, Sociologia para tratar de assuntos relacionados a temas ambientais e pesquisas científicas. A principal inovação do produto, é oferecer um objeto de aprendizagem do tipo simulação 3D para desktop, desenvolvido de acordo com a metodologia Intera e embasado na abordagem teórico-metodológica sociointeracionista. A simulação permite a interação com linha temporal de eventos geológicos com a evolução do ambiente antártico, e com ênfase nas mudanças climáticas e ações antropogênicas. A Simulação é formada por um conjunto de blocos animados em computação gráfica 3D, disponibilizada em plataforma online na web, e desenvolvida em motor de jogos digitais (engine). Contém um infográfico-guia, 30 hotspots explicativos com animações e visualização 3D, de cada divisão geológica, geográfica ou histórica gerada, com vocabulário visual com estudo de cores, texturas e movimentos em harmonia com o objeto apresentado.

Palavras-chave: Animações tridimensionais, Regiões polares, Alterações Climáticas, Impactos antropogênicos

Referências

Aronson, R. B., Thatje, S., McClintock, J. B., & Hughes, K. A. (2011). Anthropogenic impacts on marine ecosystems in Antarctica. Annals of the New York Academy of Sciences, 1223(1), 82-107.

Cantrill, D. J., & Poole, I. (2012). The vegetation of Antarctica through geological time. Cambridge University Press.

Crowley, T. J., & Berner, R. A. (2001). CO2 and climate change. Science, 292(5518), 870-872.

Dalziel, I. W. (2013). Antarctica and supercontinental evolution: clues and puzzles. Earth and Environmental Science Transactions of the Royal Society of Edinburgh, 104(1), 3-16.

Davis, S. J., Caldeira, K., & Matthews, H. D. (2010). Future CO2 emissions and climate change from existing energy infrastructure. Science, 329(5997), 1330-1333

Jordan, T. A., Riley, T. R., & Siddoway, C. S. (2020). The geological history and evolution of West Antarctica. Nature Reviews Earth & Environment, 1(2), 117-133.

Martin, S. (2013). A history of Antarctica. Rosenberg Publishing.

McKay, R. M., Barrett, P. J., Levy, R. S., Naish, T. R., Golledge, N. R., & Pyne, A. (2016). Antarctic Cenozoic climate history from sedimentary records: ANDRILL and beyond. Philosophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences, 374(2059), 20140301.

Oreskes, N. (2018). From continental drift to plate tectonics. In Plate Tectonics (pp. 3-27). CRC Press.

Palinkas, L. A. (2003). The psychology of isolated and confined environments: Understanding human behavior in Antarctica. American Psychologist, 58(5), 353.

Pyne, S. J. (2017). The ice: A journey to Antarctica. University of Washington Press.

Scotese, C. R. (2004). A continental drift flipbook. The Journal of geology, 112(6), 729-741.
Publicado
16/11/2022
Como Citar

Selecione um Formato
AFFONSO, Sandra Freiberger; DOTTA, Silvia Cristina; BELEM, Andre Luiz; SOARES, Fernanda Codevilla; PIMENTEL, Edson Pinheiro; RIOS, Flavia Sant'Anna; COLETTO, Carlos Jair. Simulação 3D - Antártica: testemunha do tempo. In: CONCURSO APPS.EDU - PROTÓTIPO - CONGRESSO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO (CBIE), 11. , 2022, Manaus. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2022 . p. 105-108. DOI: https://doi.org/10.5753/cbie_estendido.2022.225860.