Contra-Hegemonia LGBTQIA+ nos Jogos Digitais

  • Igor Castellano da Silva UFSM
  • Luiza K. Lyra UFSM
  • Helena R. Barbosa UFSM

Resumo


Esse artigo objetiva examinar as dinâmicas de gênero e identidade nos jogos digitais, explorando tanto as estruturas hegemônicas quanto as respostas contra-hegemônicas impostas por pessoas e grupos LGBTQIA+. A análise parte de uma reflexão sobre a dimensão de poder sobre as mudanças de mercado de jogos e os padrões de consumo e produção, assim como as dinâmicas institucionais, expressas através da análise de espaços queer e anti-queer no universo digital e, por fim, a dimensão ideacional, expressa por meio das narrativas e representações LGBTQIA+ nos Games

Palavras-chave: Hegemonia, Identidade LGBTQIA, Representatividade, Narrativas, Estudos de Jogos

Referências

Butler, J. Gender Trouble: Feminism and the Subversion of Identity. First issued in hardback, Routledge, Taylor & Francis Group, 2015.

Clark, N. “What Is Queerness in Games, Anyway?” Queer game studies, organizado por Bonnie Ruberg e Adrienne Shaw, University of Minnesota Press, 2017.

Connell, R. W. e Messerschmidt, J. W.. “Masculinidade hegemônica: repensando o conceito”. Revista Estudos Feministas, vol. 21, nº 1, abril de 2013, p. 241–82.DOI.org (Crossref), DOI: 10.1590/S0104-026X2013000100014.

Cox, R. W. “Gramsci, Hegemony and International Relations : An Essay in Method”.Approaches to World Order., organizado por Timothy J. Sinclair e Robert W. Cox, vol. 12, Cambridge University Press, 1996a, p. 124–43. DOI.org (Crossref), [link].

Cox, R. W. “Gramsci, Historical Materialism and International Relations.” Gramsci, Historical Materialism and International Relations, 1º ed, Cambridge University Press, 1993. DOI.org (Crossref), DOI: 10.1017/CBO9780511558993.

Cox, R. W. “Social forces, states, and world orders: beyond international relations theory.” Approaches to World Order, organizado por Timothy J. Sinclair, 1º ed, Cambridge University Press, 1996b.DOI.org (Crossref), DOI: 10.1017/CBO9780511607905.

Dsm-5. Manual Diagnostico y Estadistico de Los Trastornos Mentales. ED MEDICA PANAMERICANA, 2018.

Duarte, K. C. e Quintão, R. T.. “Práxis de consumo: um estudo sobre a busca da libertação da opressão de gênero no contexto dos jogos on-line”. Cadernos 11 EBAPE.BR, vol. 20, nº 6, novembro de 2022, p. 794–806. DOI.org (Crossref), DOI: 10.1590/1679-395120210220.

Figueiredo, E. “Desfazendo o gênero: a teoria queer de Judith Butler.” Revista Criação & Crítica, nº 20, abril de 2018, p.40–55.DOI.org (Crossref), DOI: 10.11606/issn.1984-1124.v0i20p40-55.

GAMEFICADOS.2023a.“IDENTIDADE QUEER E GÊNERO EM JOGOS LGBTQIA+ - GDOCS #6 - GAMEFICADOS.” [link]. 2023. [link].

Figueiredo, E. 2023b. “IDENTIDADE QUEER E MERCADO de GAMES - GDOCS #7 - GAMEFICADOS.” [link]. 2023. [link].

Goulart, L. et al. “‘We’re gay, we play, we’re here to stay’: Notas sobre uma parada de orgulho lgbtq no jogo world of warcraft"”. contemporanea | comunicação e cultura, vol. 12, nº 2, 2015.

Goulart, L, e Nardi, H. C. “Gamergate: cultura dos jogos digitais e a identidade gamer masculina”. Revista_Mídia_e_Cotidiano, vol. 11, nº 3, dezembro de 2017, p. 250.DOI.org (Crossref), DOI: 10.22409/ppgmc.v11i3.9855.

Gramsci, A. Cadernos do Cárcere. Vol 1: Introdução ao estudo da filosofia. A filosofia de Benederro Croce. Traduzido por Carlos Nelson Coutinho, Civilização Brasileira, 1999.

Gramsci, A. Cadernos do cárcere: volume 3 : Maquiavel, notas sobre o estado e a política. Civilização Brasileira, 2002.

Gruppi, L. O conceito de hegemonia em Gransci. 2a. ed, Graal, 1980.

Heringer, A. “Protagonismo transgênero em jogos comerciais.” Proceedings of SBGames, vol. XVIII, nº Art&Design Track – Full Papers, 2019.

MacDonald, K. “Meet the gaymers: why queer representation is exploding in video games”.The Guardian, 2022, [link].

McGuire, J. T. “Social Justice Feminists and Their Counter-Hegemonic Actions in the Post-World War II United States, 1945–1964”. Politics & Gender, vol. 15, nº 4, dezembro de 2019, p.971–90.DOI.org (Crossref), DOI: 10.1017/S1743923X18000478.

Nagle, A. Kill all normies: the online culture wars from Tumblr and 4chan to the alt-right and Trump. Zero Books, 2017.

Pereira, B, e Menezes, J. “Videogames e Política: uma reflexão sobre crise de representatividade na indústria de jogos”. Intercom–Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, vol. 43, 2020.

Pieve V. H., et al. “Uma investigação inicial dos tipos de jogos Rotulados como lgbt dentro da plataforma itch.Io: Tendências, identidades e protagonismos”. Tropos: Comunicação, Sociedade e Cultura, vol. 9, nº 2, 2020.

Ribeiro, S. e Valadares V. “Jogos digitais ‘fora do armário’: reflexões sobre a representatividade queer nos games”. SBGames, vol. XVII, nº Culture Track – Full 12 Papers, 2018.

Rodrigues, L. Questões de gênero em jogos digitais: uma coleção de recursos educacionais abertos de apoio à mobilização. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2017.

Rodríguez-Galán, M. “Hegemonic Masculinity and Counter-hegemonic Feminist Discourses for Peace”. Prisma Social, vol. 7, 2011, p. 369–405.

Ruberg, B. The queer games avant-garde: how LGBTQIA+ game makers are reimagining the medium of video games. Duke University Press, 2020.

Ruberg, B. Video games have always been queer. New York University Press, 2019.

Ruberg, B, e Shaw, A. Queer game studies. University of Minnesota Press, 2017.

Ruiz, A. “Gay in the Game Industry: Research from the Field”. Game Developer, 2019, [link].

Santos, M. R. “Gênero e cultura material: a dimensão política dos artefatos cotidianos”.Revista Estudos Feministas, vol. 26, nº 1, janeiro de 2018. DOI.org (Crossref), DOI: 10.1590/1806-9584.2018v26n137361.

Schneider, G. e Castellano, I. “Direitos Humanos e Hegemonia: Origens e Alternativas ao Universalismo”. Caderno de Relações Internacionais, vol. 10, nº 19, fevereiro de 2020, p.173–210.DOI.org (Crossref), DOI: 10.22293/2179-1376.v10i19.1177.

Scott, J. W. “Gender: A Useful Category of Historical Analysis”. The American Historical Review, vol.91, nº 5, 1989, p.1053.DOI.org (Crossref), DOI: 10.2307/1864376.

Shaw, A. “Do You Identify as a Gamer? Gender, Race, Sexuality, and Gamer Identity”.New Media & Society, vol. 14, nº 1, fevereiro de 2012, p. 28–44. DOI.org (Crossref), DOI: 10.1177/1461444811410394.

Shaw, A. “What Is Video Game Culture? Cultural Studies and Game Studies”. Games and Culture, vol.5, nº 4, 2010, p.403–24.DOI.org (Crossref), DOI: 10.1177/1555412009360414.

Stryda. “6 Organizations Fighting for LGBTQ+ Inclusivity in Gaming''. STRYDA, 2022.

Thach, H. “A Cross-Game Look at Transgender Representation in Video Games”. Press Start, vol. 7, nº 1, 2021.

Varela C. M. et al. “Jogos De Videogame, Artefatos Culturais, Representação: Discutindo A Presença De Personagens LGBTQIA”. “Arte e ativismo: poéticas queer e agenciamento”, vol. V, 2016.

Yonashiro, M. M. Y.. “O videogame como transformador de cultura: a questão LGBT”.SBGames, nº XI, 2012.
Publicado
06/11/2023
Como Citar

Selecione um Formato
SILVA, Igor Castellano da; LYRA, Luiza K.; BARBOSA, Helena R.. Contra-Hegemonia LGBTQIA+ nos Jogos Digitais. In: TRILHA DE CULTURA – ARTIGOS COMPLETOS - SIMPÓSIO BRASILEIRO DE JOGOS E ENTRETENIMENTO DIGITAL (SBGAMES), 22. , 2023, Rio Grande/RS. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2023 . p. 412-424. DOI: https://doi.org/10.5753/sbgames_estendido.2023.234164.