Análise da presença feminina no corpo docente e sua relação com o corpo discente feminino nos cursos de TIC

• Laís Pisetta Van Vossen UDESC
• Maria Teresa Silva Santos UDESC
• Daniella Martins Vasconcellos UDESC
• Guilherme Tomaselli Borchardt UDESC
• Carlos Daniel Schmitt Bunn UDESC
• Eric Carvalho da Silveira UDESC
• Isabela Gasparini UDESC
• Luciana Bolan Frigo UFSC

DOI: https://doi.org/10.5753/wit.2023.229944

Resumo

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, as mulheres são maioria dos docentes em todos os níveis de ensino em diversos países, no entanto, em cursos de Tecnologia da informação e Comunicação (TIC), essa realidade é diferente. Este estudo analisou dados do ensino superior brasileiro de 2015 a 2019 em universidades que oferecem apenas cursos de TIC. O objetivo foi avaliar o impacto de ter um corpo docente com mais mulheres na presença e evasão feminina nesses cursos. Os resultados indicam que há uma correlação positiva entre a maior porcentagem de professoras e uma maior quantidade de estudantes mulheres e a diminuição de sua evasão nos cursos.

Referências

Amador, B., Turato, P., Hoger, M., Santos, L., Bim, S. A., and Berardi, R. C. (2021). O papel das professoras no incentivo à carreira de computação para meninas no ensino fundamental. In Anais do XV Women in Information Technology, pages 131–140, Porto Alegre, RS, Brasil. SBC.

Bardagi, M. P. and Hutz, C. S. (2012). Rotina acadêmica e relação com colegas e professores: Impacto na evasão universitária. Psico, 43(2).

Dennehy, T. C. and Dasgupta, N. (2017). Female peer mentors early in college increase women’s positive academic experiences and retention in engineering. Proceedings of the National Academy of Sciences, 114(23):5964–5969.

Isphording, I., Qendrai, P., et al. (2019). Gender differences in student dropout in stem. IZA Research Reports, 87.

Maia, M. M. (2016). Limites de gênero e presença feminina nos cursos superiores brasileiros do campo da computação. Cadernos Pagu, pages 223–244.

NCSES (2023). Diversity and stem: Women, minorities, and persons with disabilities 2023. Special Report NSF 23-315. Alexandria, VA: National Science Foundation.

OECD (2019). Education at a glance 2019. page 497.

OECD (2022). Education at a glance 2022. page 462.

Silva Santos, M. T., Pisetta Van Vossen, L., Vasconcellos, D., Tomaselli Borchardt, G., Vaichulonis, G., Bolan Frigo, L., and Gasparini, I. (2022). Análise da evasão feminina nos cursos de ciência da computação das universidades públicas e presenciais de Santa Catarina. RENOTE, 20(1):233–242.

UNESCO (2018). Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). pages 50–56.

West, J., Carrell, S., and Page, M. (2009). Sex and science: How professor gender perpetuates the gender gap. The Quarterly Journal of Economics, 125:1101–1144.