Um retrato do entendimento dos professores dos Institutos Federais sobre Pensamento Computacional
Resumo
Embora o Pensamento Computacional (PC) seja cada vez mais pesquisado no contexto da educação, ainda são poucos os estudos que investigam a visão do docente sobre o assunto. Além disso, os poucos estudos abordando o tema se limitam a abordagens qualitativas com pequenos grupos de professores. No intuito de enfrentar esse desafio e identificar a percepção docente sobre o PC, conduzimos um estudo quantitativo envolvendo docentes de todas regiões do Brasil. Por meio do estudo, mapeamos os softwares e as práticas pedagógicas que promovem habilidades associadas ao tema e identificamos que apenas 36% dos entrevistados conhecem os conceitos relacionados ao PC, sugerindo que o tema e as habilidades relacionadas ainda são pouco conhecidas.
Referências
Araujo, A. L., Andrade, W., e Serey, D. (2015). Pensamento computacional sob a visão dos profissionais da computação: uma discussão sobre conceitos e habilidades. In Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação, volume 4, page 1454.
Balanskat, A. e Engelhardt, K. (2014). Computing our future: Computer programming and coding-Priorities, school curricula and initiatives across Europe. European Schoolnet.
Barr, V. e Stephenson, C. (2011). Bringing computational thinking to k-12: what is involved and what is the role of the computer science education community? Acm Inroads, 2(1):48–54.
BBC Learning, BBC e Science, K. C. (2015). Introduction to computational thinking. 2015. Disponível em: [link]. Acesso em: 25-ago-2020.
Blatt, L., Becker, V., e Ferreira, A. (2017). Mapeamento sistemático sobre metodologias e ferramentas de apoio para o ensino de programação. In Anais do Workshop de Informática na Escola, volume 23, page 815.
BNCC (2018). Base Nacional Comum Curricular: Educação e a Base. 2018. Disponível em: <http://www.basenacionalcomum.mec.gov.br>.Acesso em: 19-jan-2021.
Bordini, A., Avila, C. M. O., Weisshahn, Y., da Cunha, M. M., da Costa Cavalheiro, S. A., Foss, L., Aguiar, M. S., and Reiser, R. H. S. (2016). Computação na educação básica no brasil: o estado da arte. Revista de Informática Teórica e Aplicada, 23(2):210–238.
BRASIL (2010). Plano Nacional de Pós-Graduação-PNPG 2011-2020. 2010. Disponível em: <https://www.gov.br/capes/pt-br/centrais-de-conteudo/pnpg-miolo-v2-pdf>.Acesso em: 31-mai-2021.
Bredow, V. H. (2020). O pensamento computacional na escola básica: Uma revisão sistemática da literatura. In Anais do CIET: EnPED: 2020-(Congresso Internacional de Educação e Tecnologias— Encontro de Pesquisadores em Educação a Distância).
Brown, T. A. (2015). Confirmatory factor analysis for applied research. Guilford publications.
Carvalho, M. R. V. d. (2018). Perfil do professor da educação básica. Relatos de Pesquisa, (41):68–68.
Castro, A. V. e Rezende, M. (2009). A técnica delphi e seu uso na pesquisa de enfermagem: revisão bibliográfica. Revista Mineira de Enfermagem, 13(3):429–434.
CIEB (2018). Currículo de referência em tecnologia e computação: da educação infantil ao ensino fundamental. 2018. Disponível em: <https://curriculo.cieb.net.br/>.Acesso em: 25-ago-2020.
Cochran, W. G. (2007). Sampling techniques. John Wiley & Sons.
Code.org, C. (2015). Instructor handbook-code studio lesson plans for courses one, two, and three. CODE. ORG.
Costa, L. D. S., Cavalcante, A., Araujo, A. L. S. O., Andrade, W., e Guerrero, D. (2017). Um estudo exploratório da aplicação de pensamento computacional baseado nas perspectivas de professores do ensino médio. In Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação, volume 6, page 992.
Csizmadia, A., Curzon, P., Dorling, M., Humphreys, S., Ng, T., Selby, C., e Woollard, J. (2015). Computational thinking-a guide for teachers.
de França, R. S. e do Amaral, H. J. C. (2013). Ensino de computação na educação básica no brasil: Um mapeamento sistemático. In XXI Workshop sobre Educação em Computação.
de Paiva, L. F., Bompet, P., Corlett, E. F., Matos, E., e Schwarzelmuller, A. (2017). A formação, o trabalho e a identidade profissional do professor de computação: um mapeamento sobre a licenciatura em computação. In Anais dos Workshops do Congresso Brasileiro de Informática na Educação, volume 6, page 893.
Dede, C., Mishra, P., e Voogt, J. (2013). Working group 6: Advancing computational thinking in 21st century learning.
Denning, P. J. (2009). The profession of it beyond computational thinking. Communications of the ACM, 52(6):28–30.
DiStefano, C. e Morgan, G. B. (2014). A comparison of diagonal weighted least squares robust estimation techniques for ordinal data. Structural Equation Modeling: A Multidisciplinary Journal, 21(3):425–438.
dos Santos Junior, F. R. e Ricarte, D. R. D. (2020). Um retrato sobre o ensino do pensamento computacional em anos finais do ensino fundamental no sertão paraibano. RENOTE, 18(1).
Faro, A. C. M. (1997). Técnica delphi na validação das intervenções de enfermagem. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 31:259–273.
França, R. e Tedesco, P. (2019). Pensamento computacional: Panorama dos grupos de pesquisa no brasil. In Brazilian Symposium on Computers in Education (Simpósio Brasileiro de Informática na Educação-SBIE), volume 30, page 409.
Furber, S. (2012). Shut down or restart? the way forward for computing in uk schools. london, england: The royal society.
García, F. J. P. e Mendes, A. J. (2018). Exploring the computational thinking effects in pre-university education.
Geraldes, W. B., Ferneda, E., Mariz, R., and Alonso, L. (2017). O Pensamento Computacional no Ensino Profissional e Tecnológico. page 902.
Gil, A. C. (1999). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. Atlas, São Paulo, 5 edition.
Grisham, T. (2009). The delphi technique: a method for testing complex and multifaceted topics. International Journal of Managing Projects in Business.
Grover, S. e Pea, R. (2013). Computational thinking in k–12: A review of the state of the field. Educational researcher, 42(1):38–43
Guarda, G. F. e Pinto, S. C. C. (2020). Dimensões do pensamento computacional: conceitos, práticas e novas perspectivas. In Anais do XXXI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, pages 1463–1472. SBC.
Gupta, U. G. e Clarke, R. E. (1996). Theory and applications of the delphi technique: A bibliography (1975–1994). Technological forecasting and social change, 53(2):185– 211
Hair, J., Babin, B., Money, A., e Samouel, P. (2005). Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Bookman Companhia Ed.
Hemmendinger, D. (2010). A plea for modesty. Acm Inroads, 1(2):4–7.
Henderson, P. B., Cortina, T. J., e Wing, J. M. (2007). Computational thinking. In Proceedings of the 38th SIGCSE technical symposium on Computer science education, pages 195–196.
Hoyle, R. H. (2012). Handbook of structural equation modeling. Guilford press.
ISTE, C. (2011). Nsf. Computational thinking teacher resources.
Junior, P. A. P. e de Oliveira, S. (2019). Pensamento computacional: uma proposta de oficina para a formação de professores. RENOTE, 17(1):62–71.
Kayo, E. K. e Securato, J. R. (2010). Método delphi: fundamentos, críticas e vieses. REGE Revista de Gestão, 4(1).
Kline, R. B. (2015). Principles and practice of structural equation modeling. Guilford publications.
Kurshan, B. (2016). Thawing from a Long Winter in Computer Science Education.
Li, C.-H. (2016). Confirmatory factor analysis with ordinal data: Comparing robust maximum likelihood and diagonally weighted least squares. Behavior research methods, 48(3):936–949.
Likert, R. (1932). A technique for the measurement of attitudes. Archives of psychology.
Limena, M. L. e Cavalcanti, M. M. (2006). Metodologias: multidimensionais em ciências humanas. Liber Livro, Brasilia, 1 edition.
Liukas, L. (2015). Hello Ruby: Adventures in Coding. Feiwel & Friends, New York.
Mannila, L., Dagiene, V., Demo, B., Grgurina, N., Mirolo, C., Rolandsson, L., e Settle, A. (2014). Computational thinking in k-9 education. In Proceedings of the working group reports of the 2014 on innovation & technology in computer science education conference, pages 1–29.
Marôco, J. (2010). Análise de equações estruturais: Fundamentos teóricos, software & aplicações. ReportNumber, Lda.
Matos, M. A. E. e Osshiro, M. (2017). Algoritmo: Mapeamento sistemático sobre o ensino de algoritmo para alunos do ensino médio. South American Journal of Basic Education, Technical and Technological, 4(1).
Nascimento, M. M., Cavalcanti, C., e Ostermann, F. (2020). Dez anos de instituição da rede federal de educação profissional, científica e tecnológica: o papel social dos institutos federais. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 101(257):120–145.
Navarro, D., Foxcroft, D., e Faulkenberry, T. (2019). Learning statistics with jasp: A tutorial for psychology students and other beginners.
Oliveira, W., Cambraia, A. C., e Hinterholz, L. T. (2021). Pensamento computacional por meio da computação desplugada: Desafios e possibilidades. In Anais do XXIX Workshop sobre Educação em Computação, pages 468–477. SBC.
Osborne, J., Collins, S., Ratcliffe, M., Millar, R., e Duschl, R. (2003). What "ideasabout-science" should be taught in school science? a delphi study of the expert community. Journal of research in science teaching, 40(7):692–720.
Papert, S. (1980). Mindstorms: children, computers, and powerful ideas basic books. Inc. New York, NY.
Patino, C. M. e Ferreira, J. C. (2015). Confidence intervals: a useful statistical tool to estimate effect sizes in the real world. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 41:565 – 566.
Pinsonneault, A. e Kraemer, K. (1993). Survey research methodology in management information systems: an assessment. Journal of management information systems, 10(2):75–105.
Pollard, C. e Pollard, R. (2004). Research priorities in educational technology: A delphi study. Journal of Research on Technology in Education, 37(2):145–160.
Powell, C. (2003). The delphi technique: myths and realities. Journal of advanced nursing, 41(4):376–382.
Raabe, A., Zorzo, A. F., and Blikstein, P. (2020). Computação na Educação Básica: fundamentos e experiências. Penso, Porto Alegre, 1 edition.
Raykov, T. (1997). Estimation of composite reliability for congeneric measures. Applied Psychological Measurement, 21(2):173–184.
Rich, P. J., Egan, G., e Ellsworth, J. (2019). A framework for decomposition in computational thinking. In Proceedings of the 2019 ACM Conference on Innovation and Technology in Computer Science Education, pages 416–421.
Santos, P. S., Araujo, L. G. J., e Bittencourt, R. A. (2018). Um mapeamento sistemático abrangente de pensamento computacional e programação na educação básica brasileira.
SBC (2019). Diretrizes da Sociedade Brasileira de Computação para o Ensino de Computação na Educação Básica 2019. Disponível em: [link]. Acesso em: 31-jun-2020.
Selby, C. e Woollard, J. (2013). Computational thinking: the developing definition.
Severino, A. J. (2007). Metodologia do trabalho científico. Cortez, São Paulo, 22 edition.
Valentini, F. e Damasio, B. F. (2016). Variância média extraída e confiabilidade composta: indicadores de precisão. Psicologia: teoria e pesquisa, 32(2).
Voogt, J., Fisser, P., Good, J., Mishra, P., e Yadav, A. (2015). Computational thinking in compulsory education: Towards an agenda for research and practice. Education and Information Technologies, 20.
Williams, P. L. e Webb, C. (1994). The delphi technique: a methodological discussion. Journal of advanced nursing, 19(1):180–186.
Wing, J. M. (2006). Computational thinking. Communications of the ACM, 49(3):33.
Wing, J. M. (2008). Computational thinking and thinking about computing. Philosophical Transactions of the Royal Society A: Mathematical, Physical and Engineering Sciences, 366(1881):3717–3725.
Wing, J. M. (2014). Computational thinking benefits society. 40th Anniversary Blog of Social Issues in Computing, 2014:26.
Yousuf, M. I. (2007). Using expertsopinions through delphi technique. Practical assessment, research, and evaluation, 12(1):4.
Zorzo, A. F., Frango, I., Ribeiro, L., Granville, L. Z., Salgado, L., Jochims, M., Bigolin, N., Andre, S., Cavalheiro, C., Fortes, S., Matos, E. D. S., Steinmacher, I. F., Leite, J. C., Araujo, R. M. D., Correia, R. C. M., e Martins, S. D. L. (2017). Referenciais de Formação em Computação: Educação Básica. (051):1–9.