Oficinas de Programação com Ambientes Lúdicos para Meninas do Ensino Fundamental
Resumo
O baixo interesse e o pouco engajamento feminino na área de tecnologia de informação (TI) têm levado a vários estudos e iniciativas para compreender as razões deste contexto e propor mudanc¸as em direção a um melhor equilíbrio de gênero na área. Uma das alternativas propostas consiste em apresentar a área de TI durante a infância e adolescência de meninas, reduzindo preconceitos e combatendo estereótipos negativos. Neste trabalho, realizamos oficinas de programação de computadores com meninas em uma escola do ensino fundamental utilizando o ambiente lúdico de programação Scratch. Para analisar os resultados, produzimos diários de bordo relatando as impressões das tutoras em cada dia da oficina. As principais lições aprendidas foram: os desafios propostos estimulam a criatividade e instigam o espírito investigativo das estudantes; o uso de jogos e o ambiente Scratch atraem a atenção e o interesse das meninas; identificamos alguns jogos e atividades adequados aos gostos das alunas. Apesar de algumas dificuldades relacionadas a raciocínio lógico e trabalho em grupo, conseguimos chegar a um formato de oficina razoavelmente estimulante e atraente para meninas estudantes do ensino fundamental.
Referências
Ash, R. A., Coder, L., Dupont, B., and Rosenbloom, J. L. (2009). Examining the obstacles to broadening participation in computing: Evidence from a survey of professional workers. Contemporary Economic Policy, 27(3):413–421.
Ashcraft, C., Eger, E., and Friend, M. (2012). Girls in IT : the facts. In SIGCSE ’13 Proceeding of the 44th ACM technical symposium on Computer science education, page 79.
Bim, S. A. (2011). Uma experiência de ensino de Interação Humano-Computador para alunas do ensino médio. In Anais do XXXI Congresso da SBC. XIX Workshop sobre Educação em Computação, pages 1670–1679.
Burge, J., Gannod, G., Doyle, M., and Davis, K. (2013). Girls on the go: a CS summer camp to attract and inspire female high school students. In Proceeding of the 44th ACM technical symposium on Computer science education - SIGCSE ’13, pages 615–620.
Cabral, C. and Bazzo, W. (2005). As Mulheres nas Escolas de Engenharia Brasileiras: História, Educação e Futuro. Revista de Ensino de Engenharia, 24(1):3–9.
Carmichael, G. (2008). Girls, computer science, and games. ACM SIGCSE Bulletin, 40(4):107.
Cohoon, J. M. (2002). Recruiting and retaining women in undergraduate computing majors. ACM SIGCSE Bulletin, 34(2):48.
Denner, J. (2011). What Predicts Middle School Girls’ Interest in Computing? International Journal of Gender Science and Technology, 3(1):53–59.
Galpin, V. (2002). Women in computing around the world. ACM SIGCSE Bulletin, 34(2):94.
Gürer, D. and Camp, T. (2002). An ACM-W literature review on women in computing. ACM SIGCSE Bulletin, 34(2):121.
Maciel, C., Bim, S. A., and Boscarioli, C. (2012). A Fantástica Fábrica de Chocolate: levando o sabor de IHC para meninas do ensino fundamental. In IHC ’12 Companion Proceedings of the 11th Brazilian Symposium on Human Factors in Computing Systems, pages 27–28.
Marcu, G., Kaufman, S. J., Lee, J. K., Black, R. W., Dourish, P., Hayes, G. R., and Richardson, D. J. (2010). Design and evaluation of a computer science and engineering course for middle school girls. In Proceedings of the 41st ACM technical symposium on Computer science education - SIGCSE ’10, pages 234–238.
Observatório Softex (2012). Software e Servic¸os de TI: A indústria Brasileira em Perspectiva, volume 2.
Olinto, G. (2011). A inclus˜ao das Mulheres nas Carreiras de Ciência e Tecnologia no Brasil. Revista Inclus˜ao Social, 5(1):68–77.
Oliveira, A. C., Moro, M. M., and Prates, R. O. (2014). Perfil Feminino em Computação: Análise Inicial. In Anais do XXXIV Congresso da SBC. XXII Workshop de Educação em Computação, pages 1465–1674, Brasília, DF. SBC.
Outlay, C., Ambrose, P., and Chenoweth, J. (2012). Overcoming Gender Stereotype Entry Barriers To Computing Degree Programs : The Cybergirlz. Journal of Computing Sciences in Colleges, 28(1):33–38.
Resnick, M., Maloney, J., Hernández, A. M., Rusk, N., Eastmond, E., Brennan, K., Millner, A., Rosenbaum, E., Silver, J., Silverman, B., and Kafai, Y. (2009). Scratch: Programming for All. Communications of the ACM, 52(11):60–67.
Schwartz, J., Casagrande, L. S., Leszczynski, S. A. C., and Carvalho, M. G. D. (2006). Mulheres na informática: quais foram as pioneiras? Cadernos Pagu, 27:255–278.
Teague, J. (2002). Women in computing: what brings them to it, what keeps them in it? ACM SIGCSE Bulletin, 34(2):147–158.
