Comunidades de mulheres em tecnologia: estudo comunicacional e organizacional

Resumo


Nos últimos dez anos verificou-se o aumento na criação e desenvolvimento de comunidades femininas em tecnologia no Brasil e em Portugal. Constituídas sobretudo em plataformas digitais, desenvolvem estratégias de comunicação multiplataforma para cumprimento de propósitos. Este trabalho visa apresentar resultados preliminares de pesquisa doutoral sobre como estas comunidades desempenham papel catalisador de inclusão, formação e ativismo de mulheres em tecnologia brasileiras e portuguesas. Pretende-se apresentar características organizacionais e comunicacionais destas comunidades, relacionadas ao paradigma tecnológico de Castells, a conceitos como ciberfeminismo, tecnofeminismo e social computing.
Palavras-chave: Feminismo Tecnológico, Comunidades digitais, Comunicação, Ativismo, Social Computing

Referências

Abbate, J. (2012). Recoding Gender: Women's Changing Participation in Computing. Cambridge, Massachusetts; London, England: The MIT Press.

Araújo, D. (2018). Feminismo e cultura hacker: intersecções entre política, gênero e tecnologia. Tese de doutorado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.

Castells, M. (2002). A sociedade em rede. São Paulo: Editora Paz e Terra.

Castells, M. (2018). O poder da identidade. São Paulo: Editora Paz e Terra.

Coutinho, C. (2013). Metodologia de investigação em ciências sociais e humanas: Teoria e prática. Coimbra: Almedina.

Erickson, T. (2013). Social Computing. In: Soegaard, M. and Dam, R. (eds.). The Encyclopedia of Human-Computer Interaction. Aarhus: The Interaction Design Foundation.

Kozinets, R. (2014). Netnografia: Realizando pesquisa etnográfica online. Porto Alegre: Penso.

Lucca, G., Raiol, J., Araújo, N., Sousa, R., Guedes, E. (2019). PyLadies Manaus: Experiências no Empoderamento Feminino na Comunidade Python. In: Anais do 13° Women in Information Technology (WIT2019). SBC, 2019.

Nogueira, E. (2017). Empoderamento feminino através das tecnologias da informação. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Nunes, M, Louzada, C., Salgueiro, E., Andrade, B., De Lima, P., Figueiredo, R. (2016). Mapeamento de iniciativas estrangeiras em língua inglesa que fomentam a entrada de mulheres na Computação. In: Anais do 10° Women in Information Technology (WIT2016). SBC, 2016.

Organização das Nações Unidas (2015). Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: https://unric.org/pt/objetivos-de-desenvolvimento-sustentavel/ Acesso em: 10/03/2021.

Paz, M. (2015). Mulheres e tecnologia: hackeando as relações de gênero na comunidade software livre do Brasil. Universidade Federal da Bahia, Salvador.

Peres, S., Gomes, E. (2020). Estudo sobre o empoderamento feminino através de comunidades de tecnologia. In: Anais do 14° Women in Information Technology (WIT2020). SBC, 2020.

Schwartz, J., Casagrande, L., Leszczynski, S., Carvalho, M. (2006). Mulheres na informática: quais foram as pioneiras?. In Cad. Pagu, 27, pp.255-278.

Souza, A. et al (2017). Relato Tech Ladies: redes de colaboração entre mulheres na tecnologia. In: Anais do 11° Women in Information Technology (WIT2017). SBC, 2017.

Vieira, C., Soares, A., Ribeiro, S. (2017). Incentivos à igualdade de gênero: estudo de caso de uma comunidade formada somente por mulheres da área de tecnologia. In: Anais do 11° Women in Information Technology (WIT2017). SBC, 2017.

Wajcman, J. (2006). El tecnofeminismo. Madrid: Ediciones Cátedra.

Wajcman, J. (2007). From women and technology to gendered technoscience. In Information, Communication and Society, 10 (3), p. 287-298.

Wajcman, J. (2009). Feminist theories of technology. In Cambridge Journal of Economics, 34, p. 143–152.
Publicado
18/07/2021
Como Citar

Selecione um Formato
FRADE, Renata Loureiro. Comunidades de mulheres em tecnologia: estudo comunicacional e organizacional. In: WOMEN IN INFORMATION TECHNOLOGY (WIT), 15. , 2021, Evento Online. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2021 . p. 41-50. ISSN 2763-8626. DOI: https://doi.org/10.5753/wit.2021.15840.