Pensando computacionalmente com Ana: storytelling sensível ao gênero para favorecer a autoeficácia das estudantes do ensino fundamental I

  • Mychelline S. Cunha Universidade Federal de Pernambuco
  • Giordano R. E. Cabral Universidade Federal de Pernambuco
  • Liliane Sheyla da Silva F. Universidade Católica de Pernambuco

Resumo


A autoeficácia das meninas deve ser favorecida desde a infância e materiais didáticos devem promover a equidade de gênero. Uma das estratégias já estabelecida e utilizada para atrair o público do ensino fundamental para as áreas de STEM, é o ensino do Pensamento Computacional (PC) e uso de narrativas. Devido a escassez de materiais didáticos dessa natureza, que sejam sensíveis ao gênero e em português, produzimos um Storytelling a partir das quatro fontes da autoeficácia, com aspectos de gênero e pilares do PC. Após a avaliação das pessoas especialistas, foi possível validar os pilares do PC presentes nas atividades plugadas e desplugadas geradas a partir das cenas do Storytelling.

Palavras-chave: Pensamento computacional, gênero, autoeficácia

Referências

ACARA (2014). The Australian Curriculum. Australian Curriculum, Assessment and Reporting Authority. Disponível em: https://australiancurriculum.edu.au/.

Ausubel, D.P. (1968). Educational psychology: a cognitive view. New York, Holt, Rinehart and Winston.

Akosah-Twumasi, P., Emeto, T., Lindsay, D., Tsey, K. & Malau-aduli, B. (2018). A systematic review of factors that influence youths career choices–the role of culture. Frontiers in Education, 3, art. 58.

Azevedo, J; Silva. F. K; Maciel, C. (2018). Programando com a Família: uma Análise por Gênero nas Atividades Code. org. In: Anais do XII Women in Information Technology. SBC, 2018.

Barrera, S. D. (2010). Teorias cognitivas da motivação e sua relação com o desempenho escolar. Poíesis pedagógica, v. 8, n. 2, p. 159-175, 2010.

Bandura, A. (1977). Self-efficacy: toward a unifying theory of behavioral change. Psychol Rev 84:191 – 215.

Bandura, A. (1986).Social foundations of thought and action: a social cognitive theory. Prentice Hall, Engle-wood Cliffs.

Barradas, R., Lencastre, J. A., Soares, S., & Valente, A. Desenvolvimento do pensamento computacional em idades precoces usando a plataforma code. org. 2019.

Brackmann, C. P. (2017). Desenvolvimento do Pensamento Computacional através de atividades desplugadas na Educação Básica. 2017. 226 f. PhD thesis, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

BBC Learning, (2018).What is computational thinking? Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/education/guides/zp92mp3/revision>. Acesso em: 22 de jun. de 2022.

Bezerra, C (2020). Técnica SCAMPER para ativar a criatividade e a inovação. Disponível em: <https://www.amplifica.me/scamper-criatividade/>. Acesso em: 19 de jul. 2022.

Boyd, D, Bee, H. (2011). A criança em crescimento. Artmed Editora.

Bloom, B.S. (1956), Taxonomy of Educational Objectives: The Classification of Educational Goals: Handbook I, Cognitive Domain, Longmans Green and Co, New York, Toronto.

Bzuneck, J. A. (2001). As crenças de auto-eficácia e o seu papel na motivação do aluno. A motivação do aluno: contribuições da psicologia contemporânea, v. 2, p. 116-133.

Camp, T. (2002). The incredible shrinking pipeline. ACM SIGCSE Bulletin, v. 34, n. 2, p. 129-134.

Carino, L.M. (2019). STEM Heroes: A Narrative-based Intervention to Increase Self-Efficacy and Interest in Science, Technology, Engineering, and Mathematics in Elementary School-aged Children.

Cheryan, S., Ziegler, S. A., Montoya, A. K., Jiang, L. (2017).Why are some stem fields more gender balanced than others? Psychological Bulletin, American Psychological Association, v. 143, n. 1, p. 1.

Cvencek, D, Meltzoff, A. N.; Greenwald, A. G. (2011). Math–gender stereotypes in elementary school children. Child development, v. 82, n. 3, p. 766-779.

CIEB (2018). Currículo de Referência em Tecnologia e Computação. Centro de Inovação para a Educação Brasileira. Disponível em: https://curriculo.cieb.net.br/

CIEB (2020). Currículo de referência: Itinerário Formativo em Tecnologia e Computação, ensino médio. Disponível em: https://curriculo.cieb.net.br/medio

Diário Escola (2022). Storytelling na educação. Disponível em: [link]. Acesso em 09 de jul 2022.

Finco, D. (2010) Educação infantil, espaços de confronto e convívio com as diferenças: análise das interações entre professoras e meninas e meninos que transgridem as fronteiras de gênero. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo.

Fumagalli.P. (2022). Todos podemos contribuir para mais mulheres na tecnologia. Disponível em: [link]. Acesso em: 09/07/2022.

Freitas, M, Morais, P. (2019) Possibilidade de desenvolvimento do Pensamento Computacional por meio do Code. Org: aplicado ao Ensino Fundamental (anos iniciais). In: Anais do Workshop de Informática na Escola. p. 1219-1223.

França, R. S. (2020). Uma abordagem pedagógica incorporada para o desenvolvimento do pensamento computacional no ensino fundamental.

Gottfredson, L. S. (2004). Intelligence: is it the epidemiologists' elusive" fundamental cause" of social class inequalities in health? Journal of personality and social psychology, v. 86, n. 1, p. 174.

Gomes, T, Castro, F, Tedesco, P. (2017). Desenvolvendo o Pensamento Computacional na Educação Infantil: Um toolkit educacional sobre conceitos de programação baseado em storytelling transmedia. Nuevas Ideas en Informática Educativa TISE, v. 13, p. 31-40.

Inga, S. M.; Tristán, O. M. (2020). Por qué hay pocas mujeres científicas? Una revisión de literatura sobre la brecha de género en carreras STEM. aDResearch: Revista Internacional de Investigación en Comunicación, (22), 118-133.

Kordaki, M, Kakavas, P. (2017). Digital storytelling as an effective framework for the development of computational thinking skills. EDULEARN2017, v. 3, n. 5.

Kafai, Y. B. (1998) Video game designs by girls and boys: Variability and consistency of gender differences. From Barbie to Mortal Kombat: gender and computer games, p. 90-114.

K-12 Computer Science Framework. (2016). Association for Computing Machinery, Code.org, Computer Science Teachers Association, Cyber Innovation Center, and National Math and Science Initiative. Disponível em: http://www.k12cs.org. Acesso: 09 de set. 2022.

Liukas, L. (2015) Hello Ruby: adventures in coding. Feiwel & Friends.

Mateos-núñez, M; Martínez-borreguero, G; Naranjo-correa, F. L. (2020). Comparación de las emociones, actitudes y niveles de autoeficacia ante áreas STEM entre diferentes etapas educativas. European journal of education and psychology, v. 13, n. 1, p. 49-64.

Maciel, C., Bim, S. A. (2017). Programa Meninas Digitais - ações para divulgar a Computação para meninas do ensino médio. Anais do Computer on the Beach, 327-336.

MEC (2018). Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Ministério da Educação. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/

Melo. R, F., Cristiano, F., Martins, D., Rocha, P. (2017) Pensamento computacional: Uma proposta de ensino com estratégias diversificadas para crianças do ensino fundamental. In: Anais do Workshop de Informática na Escola. p. 638-647.

Oliveira. S. L. C; Parreira, V.A.D (2022). Barreiras e enfrentamentos de mulheres em carreiras predominantemente masculinas. Revista Estudos Feministas, v. 30.

Parham-Mocello, J.; Ernst, S.; Erwig, M.; Shellhammer, L.; Dominguez, E. (2019). Story Programming: Explaining Computer Science Before Coding. In: Proceedings of the 50th ACM Technical Symposium on Computer Science Education. p. 379-385.

Pagu. J. T. (2002). Women in Computing: What brings them to it, what keeps them in it? ACM SIGCSE Bulletin. New York, vol 34 (2).

Román-González, M, Pérez-González, J.C, Jiménez-Fernández, C. (2017). Which cognitive abilities underlie computational thinking? Criterion validity of the Computational Thinking Test. Computers in Human Behavior, v. 72, p. 678-691.

Scherer, R. F., Adams, J. S., Wiebe, F. A. (1989). Developing entrepreneurial behaviours: A social learning theory perspective. Journal of Organizational Change Management.

SBC (2019). Diretrizes para Ensino de Computação na Educação Básica. Sociedade Brasileira de Computação. Disponível em: [link].

Torres-Torres, y., Román-González, M., Pérez-González, J. C (2019). Implementation of unplugged teaching activities to foster computational thinking skills in primary school from a gender perspective. In: Proceedings of the Seventh International Conference on Technological Ecosystems for Enhancing Multiculturality. p. 209-215.

Trunzo. S. (2019). Letter to Women in Tech: World Records, Girls in STEM, and the IBM Cloud Garage. Disponível em: [link]. Acesso em 11 de out. 2020.

Unesco (2018). Decifrar o código: educação de meninas e mulheres em ciências, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Disponível em: [link]. Acesso em 10 de set. 2022.

Vicari, R. M; Moreira, A. F; Menezes, P. F. B. (2018). Pensamento computacional: revisão bibliográfica.

Webb, H. C (2013). Injecting computational thinking into computing activities for middle school girls.

Wing, J. M. (2006) Computational thinking, Communications of the ACM 49(3), 33-35.
Publicado
16/11/2022
Como Citar

Selecione um Formato
CUNHA, Mychelline S.; CABRAL, Giordano R. E.; F., Liliane Sheyla da Silva. Pensando computacionalmente com Ana: storytelling sensível ao gênero para favorecer a autoeficácia das estudantes do ensino fundamental I. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO (SBIE), 33. , 2022, Manaus. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2022 . p. 1334-1343. DOI: https://doi.org/10.5753/sbie.2022.224948.