Caracterização da reação de agências de fact-checking às publicações sobre a pandemia da COVID-19 em redes sociais

  • Cefas Garcia Pereira PUC Minas
  • Humberto Torres Marques-Neto PUC Minas

Resumo


Desde o início da pandemia da COVID-19, percebe-se, especialmente em redes sociais online, a geração de muito conteúdo sobre esse assunto. As redes sociais são um meio importante de comunicação, porém, criam um espaço bem utilizado para disseminação de desinformação. Este trabalho se propõe a caracterizar como as agências de fact-checking têm reagido no combate às informações falsas sobre a COVID-19 que circulam no Twitter e no Facebook. Foram coletadas matérias de fact-checking sobre a COVID-19 escritas por agências especializadas de diferentes países. Através das notícias verificadas, buscou-se por postagens de mídias sociais em que a desinformação começou a ser disseminada. Após a coleta desse material, verificou-se em quanto tempo as agências analisam a veracidade da notícia e reagem a ela. Além disso, também realizou-se o processamento dos textos das notícias a fim de detectar se os assuntos que estão sendo tratados pelas agências são, de fato, os que possuem maior engajamento dos usuários dentro das redes sociais analisadas. Os resultados mostraram que o tempo de resposta das agências foi, em média, de 23 dias no caso de publicação da notícia falsa no Twitter e de 6 dias no Facebook.

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Publicado
16/08/2021
PEREIRA, Cefas Garcia; MARQUES-NETO, Humberto Torres. Caracterização da reação de agências de fact-checking às publicações sobre a pandemia da COVID-19 em redes sociais. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE REDES DE COMPUTADORES E SISTEMAS DISTRIBUÍDOS (SBRC), 39. , 2021, Uberlândia. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2021 . p. 113-126. ISSN 2177-9384. DOI: https://doi.org/10.5753/sbrc.2021.16715.

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