Ensinando configurações do smartphone e aplicações sociais para o público 60+ por meio de aulas semanais e intervenções remotas

Resumo


Este trabalho investiga os fatores que permitem ao idoso utilizar recursos tecnológicos para melhorar a sua qualidade de vida e envelhecimento, bem como apresenta os desafios associados a esse processo. O objetivo é escrever os princípios e a metodologia de um programa educacional digital de educação para idosos desenvolvido em colaboração interdisciplinar e suportado por um sistema e um aplicativo móvel para monitorar remotamente e promover a generalização da aprendizagem. Antes da participação no curso foi identificada uma frequência de uso do smartphone em suas funções básicas, porém, baixo senso de autoeficácia ou competência em usá-lo. O aplicativo móvel, chamado de "ajudante digital", foi utilizado como recurso didático e considerado um recurso válido por 76% dos participantes, uma vez que ele estimulou ou aumentou o envolvimento dos alunos com tarefas práticas enviadas para casa de modo remoto. Ao fim do estudo foi possível observar o interesse da população idosa presente nas aulas de letramento em utilizar dispositivos móveis e os aplicativos de comunicação e lazer oferecidos por ele. O uso de uma metodologia inovadora, que agrega um ajudante digital, facilitou o ensino e o aprendizado dos alunos, sobretudo no aprendizado de redes sociais (Facebook e WhatsApp). As aulas demonstraram a relevância de programas de alfabetização digital para idosos. Estudos futuros serão conduzidos para estabelecer comparações entre métodos específicos - como o aqui descrito, e métodos tradicionais para o letramento digital de idosos.

Palavras-chave: Idosos, Letramento Digital, Metodologia de Ensino, ESPIM, Redes Sociais

Referências

Borges, F. G. B. (2017).A construção de uma metodologia para o letramento digital. Raído, 11(25):280–294.

Chiu, C. -J., Tasi, W. -C., Yang, W. -L., and Guo, J. -L. (2019). How to help older adults learn newtechnology? results from a multiple case research interviewing the internet technology instructors atthe senior learning center. Computers & Education, 129:61–70.

Csikszentmihalyi, M. and Larson, R. (2014). Validity and reliability of the experience-sampling method. In Flow and the foundations of positive psychology, pages 35–54. Springer.

Cunha, B. C. R., Rodrigues, K. R. D. H., Zaine, I., da Silva, E. A. N., Viel, C. C., and Pimentel, M. D. G. C. (2021). Experience sampling and programmed intervention method and system for planning, authoring, and deploying mobile health interventions: Design and case reports. Journal of medical Internet research, 23(7):e24278.

del Pilar Díaz-López, M., López-Liria, R., Aguilar-Parra, J. M., and Padilla-Góngora, D. (2016). Keysto active ageing: new communication technologies and lifelong learning. SpringerPlus, 5(1):1–8.

Hill, R., Betts, L. R., and Gardner, S. E. (2015). Older adults’ experiences and perceptions of digital technology: (dis)empowerment, wellbeing, and inclusion. Computers in Human Behavior, 48:415–423.

Huber, L. and Watson, C. (2014). Technology: Education and training needs of older adults. Educational Gerontology, 40(1):16–25.

Jin, B., Kim, J., and Baumgartner, L. M. (2019). Informal learning of older adults in using mobile devices: A review of the literature. Adult Education Quarterly, 69(2):120–141.

Kachar, V. (2010). Envelhecimento e perspectivas de inclusão digital. Revista Kairós: Gerontologia,13(2).

Narushima, M., Liu, J., and Diestelkamp, N. (2018). I learn, therefore i am: A phenomeno logic alanalysis of meanings of lifelong learning for vulnerable older adults. The gerontologist.

Neves, B. B., Waycott, J., and Malta, S. (2018). Old and afraid of new communication technologies?reconceptualising and contesting the ‘age-based digital divide’.Journal of Sociology, 54(2):236–248.

Padilla-Góngora, D., López-Liria, R., del Pilar Díaz-López, M., Aguilar-Parra, J. M., Vargas-Muñoz, M. E., and Rocamora-Pérez, P. (2017). Habits of the elderly regarding access to the new informationand communication technologies. Procedia-Social and Behavioral Sciences, 237:1412–1417.

Peña-López, I. et al. (2015). Rethinking education. Towards a global common good?

Raymundo, T. M. and Castro, C. d. S. S. (2020). Analysis of a training program for older workers inthe use of technology: difficulties and satisfaction. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 22.

Rodrigues, K. R., Cunha, B. C., Zaine, I., Viel, C. C., Scalco, L. F., and Pimentel, M. G. (2018).Espim system: interface evolution to enable authoring and interaction with multimedia intervention programs. In Proceedings of the 24th Brazilian Symposium on Multimedia and the Web, pages125–132

ten Bruggencate, T., Luijkx, K., and Sturm, J. (2019). How to fulfil social needs of older people: Exploring design opportunities for technological interventions. Gerontechnology, 18(3):156–167.

Willems, E. P. (1974). Behavioral technology and behavioral ecology.Journal of Applied Behavior Analysis, 7(1):151–165.

Zaine, I., Frohlich, D. M., Rodrigues, K. R. D. H., Cunha, B. C. R., Orlando, A. F., Scalco, L. F., and Pimentel, M. D. G. C. (2019). Promoting social connection and deepening relations among olderadults: design and qualitative evaluation of media parcels. Journal of medical Internet research, 21(10):e14112.
Publicado
18/10/2021
Como Citar

Selecione um Formato
RODRIGUES, Kamila Rios da Hora; ZAINE, Isabela; ORLANDI, Brunela Della Maggiori; PIMENTEL, Maria da Graça Campos. Ensinando configurações do smartphone e aplicações sociais para o público 60+ por meio de aulas semanais e intervenções remotas. In: WORKSHOP SOBRE ASPECTOS DA INTERAÇÃO HUMANO-COMPUTADOR NA WEB SOCIAL (WAIHCWS), 12. , 2021, Evento Online. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2021 . p. 25-32. ISSN 2596-0296. DOI: https://doi.org/10.5753/waihcws.2021.17541.

Artigos mais lidos do(s) mesmo(s) autor(es)